Especialistas na área da saúde ocular têm observado uma preocupante tendência entre os brasileiros: uma redução significativa na frequência de piscadas. Esta mudança de comportamento tem levantado alarmes devido aos potenciais riscos para a saúde dos olhos.
Oftalmologista Humberto Borges
Nos consultórios estamos repassando a importância do ato de piscar para a saúde da visão. Quando piscamos, a lágrima forma uma película protetora sobre a superfície ocular, o que é vital para a saúde dos olhos. No entanto, o piscar está se tornando menos frequente em muitos indivíduos, o que pode levar a uma série de sintomas desconfortáveis, como irritação, dor, olhos vermelhos e sensação de corpo estranho. O ato de piscar é geralmente involuntário e muitas vezes passa despercebido. No entanto, é essencial para manter os olhos saudáveis. O normal é piscar de 15 a 20 vezes por minuto, mas cada vez mais pessoas estão piscando menos do que isso.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia estima que pelo menos 26 milhões de pessoas no Brasil sofrem da síndrome do olho seco, uma condição que pode ser agravada por fatores como clima seco, ar-condicionado e longas horas de exposição a telas digitais. Para combater os efeitos negativos dessa tendência, os especialistas recomendam medidas simples, como fazer pausas regulares durante o uso de computadores e dispositivos eletrônicos para descansar os olhos, olhar para longe da tela e hidratar os olhos com colírios. Todas essas ações preventivas são importantes para evitar complicações oculares decorrentes da falta de piscar.
Diante dessas preocupações crescentes, é fundamental que os brasileiros estejam cientes dos riscos associados à redução da frequência de piscadas e adotem medidas preventivas para proteger a saúde de seus olhos no mundo moderno, onde as demandas visuais são cada vez mais intensas.
