Ações da Tesla perdem 40% do valor devido às brigas e erros de cálculos de Musk e concorrência dos carros chineses

Ações da Tesla perdem 40% do valor devido às brigas e erros de cálculos de Musk e concorrência dos carros chineses

“Gênio” do bolsonarismo, Elon Musk tem feito uma besteira atrás da outra, desde a atrapalhada compra do twitter, que descapitalizou sua empresa, que perde a concorrência também para os carros elétricos chineses

As ações da Tesla, montadora do bilionário Elon Musk , atingiram o menor valor desde janeiro de 2023, à medida que a empresa investe na tentativa de redução no preço dos veículos, o que se soma às preocupações com o relatório do primeiro trimestre da empresa, que será divulgado nesta terça-feira (23). No fechamento de segunda-feira (22), as ações caíram 3,4% para US$ 142,05, levando sua queda no ano para 43%, a segunda pior entre os membros do S&P 500. No Brasil, os recibos de ações (BDRs) já caíram 40,20% do valor.

A Tesla implementou cortes de preços nos Estados Unidos, China e Europa, chegando a reduzir até US$ 2 mil nos seus modelos de veículos elétricos mais procurados, o SUV Model Y e o sedã de entrada Model 3. Além disso, a montadora de Musk diminuiu em um terço o preço do seu sistema premium de assistência ao motorista. Este sistema é conhecido como a opção de Direção Autônoma Completa, ou FSD, embora ainda exija a presença de um motorista humano no volante, pronto para intervir a qualquer momento.

Tudo isso é uma tentativa de ganhar novos consumidores, ante um forte crescimento nas vendas dos carros elétricos chineses, por isto, além dos descontos, a Telsa tomou a a iniciativa de implementar um período de teste gratuito de um mês que a Tesla ofereceu aos clientes em toda a América do Norte a partir do final de março.


No primeiro trimestre, as vendas de veículos da empresa foram abaixo do esperado por investidores. Além disso a empresa precisou fazer até mesmo um recall do Cybertruck, seu carro “futurista”. O recall voluntário foi para 3.878 veículos a fim de reparar um sério defeito de “pedal preso” visto em um vídeo viral do TikTok de um proprietário do Cybertruck.

Conforme um relatório enviado à Administração Nacional de Segurança no Trânsito em Rodovias dos Estados Unidos (National Highway Traffic Safety Administration), foi identificado que um suporte localizado sobre o pedal do acelerador do Cybertruck poderia se deslocar e ficar preso no revestimento interno, resultando em uma “aceleração não intencional”.

 

@el.chepito1985

serious problem with my Cybertruck and potential all Cybertrucks #tesla #cyberbeast #cybertruck #stopsale #recall

♬ original sound – el.chepito

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Demissões
A Tesla também informou a seus funcionários no início da semana passada que cortaria mais de 10% de sua força de trabalho global. As demissões estão em andamento, com alguns colaboradores sendo informados nos últimos dias. A informação foi confirmada por dois funcionários atuais, que preferiram não ser identificados em conversa com a TV americana CNBC.

A Tesla está programada para realizar uma teleconferência na tarde desta terça-feira para discutir os resultados do primeiro trimestre após a divulgação dos dados. Segundo previsões da LSEG, os analistas aguardam uma queda de 5,1% na receita, o que representaria a primeira diminuição ano após ano desde o segundo trimestre de 2020, quando as operações foram afetadas pela pandemia de Covid.
A Reuters informou que, por orientação de Musk, a Tesla está “descartando” planos de lançar um carro elétrico Model 2 muito acessível a curto prazo e, em vez disso, se concentrará no desenvolvimento de um robotáxi.

Twitter

Desde que assumiu a plataforma “X”  Elon Musk tem perdido dinheiro. A compra do Twitter custou US$ 44 bilhões as empresas de Musk, e este valor foi considerado acima do esperado pelo mercado em relação à plataforma, que ele rebatizou como “X”.  Para analistas de mídia, o Twitter era a plataforma perfeita para os planos de Elon Musk de ter um instrumento de interferência na política. Embora não fosse tão popular como Facebook, Instagram e TikTok, o Twitter era a rede social preferida dos intelectuais, muito usada por políticos e por jornalistas, portanto com enorme capacidade de formar opinião. Trump e Bolsonaro, em seus mandatos, não precisavam convocar entrevistas coletivas ou rede nacional para se comunicar com frequência – diziam o que queriam em mensagens de até 280 caracteres no Twitter. Musk, certamente está sintonizado com esta ideia, e seu posicionamento em favor de líderes de extrema-direita, revela que o CEO da Tesla está em linha com o pensamento da “Internacional da Extrema Direita”.

Ao optar por bravatas públicas com acionistas do Twitter e da Tesla, Elon Musk vem perdendo cada vez mais dinheiro e prestígio, demonstrando que, ao contrário do que idealizam os bolsonaristas, ele, Musk, tem demonstrado que não é nenhum gênio das finanças, muito menos um modelo a ser seguido.

Com agências