PF prende o ex-general Braga Neto

Neste sábado (14), o ex-ministro-chefe da Casa Civil e candidato à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Walter Braga Netto, foi preso pela Polícia Federal.

O general da reserva é um dos 36 indiciados pela PF no inquérito do golpe de estado. Ele foi detido em Copacabana, e será encaminhado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.

Braga Netto foi preso em sua residência no Rio de Janeiro dentro das investigações que apuram a tentativa de golpe de estado.

O ex-ministro se encontra na sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro fazendo corpo de delito e a tendência é que seja encaminhado para a sede do Comando Militar do Leste também no Rio de Janeiro.

A operação não se limitou à detenção do ex-ministro; foram executadas buscas e apreensões em diversos endereços vinculados ao militar.

Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

A prisão de Braga Netto ocorre após o general ter sido indiciado no mês passado, junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, por integrar uma suposta trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, eleitos presidente e vice-presidente em 2022.

Entre os elementos mais graves do caso está o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato de Lula, Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O planejamento teria sido apresentado a Braga Netto em uma reunião realizada na sua própria casa, em 12 de novembro de 2022. Segundo a PF, estiveram presentes no encontro os tenentes-coronéis Mauro Cesar Cid e Ferreira Lima, e o major Rafael de Oliveira. “A reunião contou com o tenente-coronel MAURO CESAR CID, o Major RAFAEL DE OLIVEIRA e o Tenente-Coronel FERREIRA LIMA, oportunidade em que o planejamento foi apresentado e aprovado pelo General BRAGA NETTO”, afirma o relatório da PF.

Leia a íntegra da nota da PF:

A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.

 

Com informações da PF, O Globo e CNN

+ Notícias

Categoria

Notícias recentes