Davi Alcolumbre entra com ação no Conselho de Ética da Câmara contra Gustavo Gayer

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que vai entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) por ataques à ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Ele chegou a dizer que a petista estaria sendo usada como uma “GP”, sigla para garota de programa.

Segundo o Blog do Octavio Guedes no g1, Alcolumbre também pretende entrar com uma representação criminal contra o deputado bolsonarista. Gayer tentou provocar o presidente do Senado, Gleisi e seu namorado, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ).

“Vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP??”, escreveu o bolsonarista no X (ex-Twitter). Ele sugeriu que a ministra e os parlamentares formariam um “trisal”.

Ataques de Gustavo Gayer (PL-GO) à ministra Gleisi Hoffmann. Foto: Reprodção
O ataque de Gayer foi feito após o presidente Lula dizer que indicou uma “mulher bonita” para a SRI, uma resposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que mulheres petistas são “feias” e “incomíveis” e foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) pela declaração.

Gleisi afirmou que a bancada do PT na Câmara pedirá a cassação do mandato de Gayer na Câmara e que o bolsonarista também será alvo de uma ação criminal na Justiça. A ministra classificou o ataque como “canalha, misógino e machista”.

Lindbergh também criticou o parlamentar e chamou o bolsonarista de “canalha, vagabundo e assassino”, uma referência a um acidente de trânsito envolvendo o deputado que deixou duas pessoas mortas.

Após ser detonado, Gayer acusou Lula de tratar Gleisi “como um objeto” e alegou ter saído “em defesa” da ministra. “Todo o PT partiu para cima de mim me acusando de machismo. É isso mesmo?”, afirmou.

PF investiga Gayer por suspeita de desvio de dinheiro público

A Polícia Federal aponta o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL) como sendo figura central de uma organização criminosa que tinha o objetivo de desviar verbas parlamentares. Gayer foi alvo de mandado de busca e apreensão no dia 25 de outubro de 2024.

“A Polícia Federal conclui pela identificação de um agrupamento de pessoas, com estrutura ordenada e divisões de tarefas, inserta em ambiente político, voltado para destinar verbas parlamentares, no caso sob a rubrica do deputado federal Gustavo Gayer, mediante expedientes fraudulentos, consistentes em falsificação de documentos, além do empenho de custos empresariais à conta pública”, sustenta o delegado Leonardo Américo Angelo Santos.

O pedido de busca e apreensão foi feito em 23 de setembro pela Polícia Federal, recebeu no dia 3 de outubro o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi autorizado no dia 18 de outubro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Gayer é investigado pelos crimes de desvio de dinheiro público, falsificação de documentos e associação criminosa. O deputado negou qualquer irregularidade antes de os detalhes da investigação serem tornados públicos.

“Eu nunca fiz nada de errado. Nunca cometi nenhum crime, mas estou sendo tratado igual um criminoso pela Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes”, afirmou em um vídeo publicado em suas redes sociais. O celular do deputado foi apreendido na operação.

O delegado afirma existirem indícios de que Gayer “pode ter empregado recursos públicos, de cota parlamentar, destinados a arcar com aluguem de gabinete parlamentar, que era usado para funcionamento de sua empresa particular – a escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas”.

Troca de mensagens entre João Paulo de Sousa Cavalcante e Marco Aurelio Alves Nascimento. •Reprodução/CNN

 

“Levantamento da PF constatou que o espaço físico locado com cota parlamentar seria utilizado não só para funcionamento da escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas, mas também para o desempenho das demandas referentes à loja Desfazueli”, diz o delegado.

A suposta irregularidade era de conhecimento de assessores e auxiliares do deputado. A PF destaca troca de mensagens entre o assessor João Paulo de Sousa Cavalcante e o secretário parlamentar Marco Aurelio Alves Nascimento.

Com G1, CNN e DCM – Foto: Agência Câmara

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