Analista diz que ataque a Criméia tem digitais dos EUA e da Otan

Analista diz que ataque a Criméia tem digitais dos EUA e da Otan

Ontem (23), as Forças Armadas da Ucrânia atacaram cidade russa de Sevastopol, situada na Crimeia, com mísseis ATACMS dos EUA munidos com ogivas de fragmentação, quatro dos quais foram abatidos, um se desviou da trajetória e acabou explodindo sobre a cidade.

Scott Ritter, ex-fuzileiro naval e inspetor de armas da ONU, comentou o ataque terrorista da Ucrânia contra Sevastopol.

“Os ucranianos tomaram a decisão de usar mísseis ATACMS equipados com munições de fragmentação contra uma cidade, uma cidade civil. Este é um ato de terrorismo”, enfatizou Ritter.

“A Ucrânia, desde 2014, tem bombardeado locais civis russos, cidades, povoados, vilas com o único propósito de infligir morte e destruição a civis russos. Trata-se de um ato de terrorismo e, dado que os mísseis ATACMS não podem ser implantados pelos ucranianos sem amplo apoio da inteligência dos EUA, este é um ato de terrorismo dos Estados Unidos contra a Rússia”, disse o analista.

Comentando os ataques terroristas no Daguestão, no sul da Rússia, Ritter disse que eles foram “deliberadamente planejados para desorganizar a vida civil na Rússia”. Ele destacou que a CIA historicamente tem feito tentativas de “causar uma divisão entre os segmentos muçulmanos e não-muçulmanos da sociedade russa” e falhou.

“Esse esforço falhou e o esforço no Daguestão também falhará, mas isso não absolve as partes envolvidas da culpa de lançar o que é um ataque direto à Federação da Rússia”, ressaltou Ritter.

Rússia reage

A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, acusou a Ucrânia, após o ataque mortal a Sevastopol neste domingo (23), de ter como alvo propositadamente concentrações de civis.
“Eles estão planejando cuidadosamente seus crimes […] usando-os para a destruição máxima da população civil e da infraestrutura civil”, disse Zakharova ao canal Rossiya 24.
Kiev está agindo dessa forma tanto por ódio como para espalhar o pânico entre a população da península da Crimeia, acrescentou a representante.

“Faremos tudo para garantir que a comunidade internacional seja informada sobre os últimos crimes do regime de Kiev […]. Posso vos assegurar que a diplomacia russa trabalhará nesta direção de forma ainda mais persistente do que já está fazendo”, disse Zakharova.

representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia acrescentou ainda que as organizações internacionais, incluindo a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OCSE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), são influenciadas pela agenda ocidental e geralmente ignoram tais ataques.
Fonte: Sputnik