Quaest: Divisão da oposição e perca de influência de Bolsonaro colocam Lula como favorito à reeleição

Quaest: Divisão da oposição e perca de influência de Bolsonaro colocam Lula como favorito à reeleição

A mais recente rodada da pesquisa Genial/Quaest, mostra que o presidente Lula está ampliando sua influência em estados que nas eleições de 2022 votaram majoritariamente em Jair Bolsonaro (PL), enquanto o ex-presidente está perdendo parte do seu eleitorado.

A Quaest fez um quadro comparando a aprovação do governo Lula em relação aos votos que o petista teve no primeiro turno das eleições de 2022, e o resultado é favorável ao presidente.

Em São Paulo, Lula teve 33% dos votos, e na pesquisa o presidente recebeu 50% de aprovação, o que representa uma evolução positiva de 17 pontos percentuais em favor do petista.

O mesmo aconteceu em Minas Gerais, onde o presidente teve 38% dos votos e a Quaest o coloca com 52% de aprovação (14% a mais); no Paraná, Lula teve somente 30% e na pesquisa totaliza 44% (14% a penais), em Goiás, o petista recebeu 32% dos votos e agora aparece com 49% de aprovação (+17%).

Para o professor Felipe Nunes, CEO da Quaest, os números mostram que o presidente Lula está avançando na preferência popular, e por isto é um candidato muito competitivo para disputar a reeleição em 2026.

 

Queda de Bolsonaro

Em entrevista ao UOL, para os jornalistas Josias de Souza, Fabíola Cidral e Leonardo Sakamoto, o diretor da Quaest observa ainda, que Lula se beneficia da perca de influência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“A pesquisa mostra que Lula ganha de todos os seus adversários de maneira folgada, de outro lado, Bolsonaro é a liderança política que aparece enfraquecida nesta pesquisa. Por que? Mesmo Bolsonaro sendo muito conhecido, se as eleições fossem hoje, numa simulação do segundo turno, perderia tanto para Lula, quanto para o ministro Haddad”. pontua.

 

 

 

Divisão na oposição beneficia governo, mas economia é desafio

Para Felipe Nunes a direita está dividida em muitas candidaturas, e ainda precisa se organizar. Ele salienta esta divisão ficou exposta nas eleições municipais onde bolsonaristas e caiadistas se digladiaram em Goiás, por exemplo, em Minas Gerais e em São Paulo prevaleceram candidatos ligados ao governador Romeu Zema (Novo-MG) e Gilberto Kassab (PSD-SP).

Para o CEO da Quaest, o governo deve ter atenção à economia para aproveitar a divisão da oposição. Felipe Nunes diz que é preciso equacionar a disputa entre o governo federal, que quer alavancar a economia do país e gerar empregos e renda, e o Banco Central, dirigido por Campos Neto, que com o aumento da taxa de juros contribui para jogar o Brasil na recessão.

“O quadro de aprovação do governo é estável, com 52% de aprovação e 47% de desaprovação. O PIB está crescendo, o desemprego está baixo e o emprego está em alta, mas a inflação dos alimentos, a alta nos combustíveis e do dólar deixa as pessoas preocupadas, mas, ao mesmo tempo, a direita não conseguiu ter um candidato competitivo”, conclui.