PT insiste na aliança com o PSD nas eleições de Goiânia e para o governo do Estado

PT insiste na aliança com o PSD nas eleições de Goiânia e para o governo do Estado

Senador Vanderlan Cardoso ainda avalia possibilidade de disputar as eleições, mas articulações políticas em Goiás e em Brasília podem colocar os dois partidos juntos em Goiânia e outras cidades

O diretório municipal do PT de Goiânia, comandado pela ex-deputada Neyde Aparecida trabalha para avance a aliança com o PSD, visando a eleição da Delegada Adriana Accorsi (PT) à prefeitura de Goiânia.

Neyde mantém contatos com os líderes do partido em Goiás e em Brasília e acredita que a aliança entre as duas legendas coloca o senador Vanderlan Cardoso em posição de destaque para as eleições de 2026.

“Tudo indica que o presidente Lula será candidato a reeleição. Quem não quer o apoio de um presidente bem avaliado?”, questiona Neyde.

Olavo Noleto, que responde pela Secretaria Executiva de Relações Institucionais, cargo que trabalha a articulação política do governo federal em Brasília, também é defensor do entendimento entre as duas legendas.

“Nós queremos o senador Vanderlan Cardoso apoiando Adriana Accorsi para prefeitura e queremos Vanderlan Cardoso governador, com apoio do presidente Lula”, enfatiza Olavo.

 

Vanderlan tem boa relação com PT e PSB

A relação com forças progressistas não é uma novidade na carreira do senador Vanderlan Cardoso. Nas eleições de 2010, ele deixou a prefeitura de Senador Canedo e foi candidato ao governo do Estado pelo PR, partido do a época vice-presidente José Alencar (PR-MG) com apoio do então governador Alcides Rodrigues (PP). Naquele pleito, no segundo turno, Vanderlan Cardoso apoiou a candidatura a presidente Dilma Roussef (PT). Em 2014, filiado ao PSB, Vanderlan Cardoso esteve na campanha de Eduardo Campos (PSB), porém o ex-governador de Pernambuco teve sua campanha interrompida tragicamente por um desastre aéreo.  Em 2018, Vanderlan foi eleito senador pelo PSD, em aliança com o MDB de Maguito Vilela e Daniel Vilela, mas nas eleições presidenciais apoiou a eleição de Jair Bolsonaro (PL).

Vanderlan Cardoso diz que pretende definir seu posicionamento político somente no mês de março e voltou a falar sobre a possibilidade de ser candidato neste ano. No PSD a principal resistência a aliança com o PT são do ex-deputado federal Francisco Júnior, que é presidente da Codego (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás) no governo de Ronaldo Caiado (UB).

A relação muito próxima com o eleitorado evangélico é um dos principais trunfos de Vanderlan Cardoso, além de sua liderança no eleitorado de Senador Canedo, cujos bairros fazem limite com a Capital e influenciam votos goianienses, de tal sorte que é nesta região que Vanderlan Cardoso teve maior votação nas eleições em que disputou a prefeitura de Goiânia em 2016 e 2020.

Sebastião Ferreira Leite, que foi secretário de Planejamento de Goiânia nas administrações dos prefeitos petistas Darci Accorsi (1993-1996) e Paulo Garcia (2010-2016) a aliança PT-PSD contempla duas visões administrativas complementares, que têm tudo para beneficiar a população goianiense.

“Os governos do PT em Goiânia, desde Darci Accorsi, passando por Pedro Wilson e Paulo Garcia tiveram como principal marca os investimentos em Saúde, Habitação, Meio Ambiente e Educação. Vanderlan Cardoso também fez um governo virtuoso em Senador Canedo dando atenção a estas áreas, mas também cuidou da geração de empregos construindo pólo industrial que trouxe várias empresas para o município. Juntos, Adriana e Vandelan podem fazer muito por Goiânia e por Goiás, principalmente tendo o apoio do governo federal, através do presidente Lula”, conclui.

Sebastião Ferreira Leite recebeu carinho da militância petista durante encontro de Adriana Accorsi no Augustos Hotel, por ocasião de seu aniversário

Kassab vê como certa reeleição de Lula

Se depender do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, não há dificuldade em alianças entre o seu partido e o PT. O PSD, aliás, faz parte da base do presidente Lula, com Alexandre Silveira de Oliveira, um dos fundadores da sigla, que é ministro de Minas e Energia.

Em evento realizado em dezembro promovido pela Corretora XP Investimentos em São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou ser muito improvável uma derrota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma candidatura para a reeleição em 2026.

“Eu acho muito difícil o Lula perder a reeleição. Vai ter que errar muito”, analisou o ex-prefeito de São Paulo (SP). “Passado um ano de mandato do presidente, hoje existem embates e divergências, mas há diálogo e as coisas têm avançado na velocidade em que desejamos”, destacou.

Kassab avalia que o ambiente político “está mais calmo” do que o apresentado nos últimos anos.

“Tem mais diálogo e mais harmonia, o que é muito positivo”, destaca ao recordar que o ano passado foi marcado por “tensão e embates”.

Se depender da boa vontade das lideranças locais, e nacionais, a aliança entre PT e PSD em Goiás tem tudo para se confirmar.

Ex-ministro e presidente do PSD, Gilberto kassab vê com bons olhos o 3º governo de Lula