Projeto de Flávio Bolsonaro de privatização das praias prejudica ribeirinhos, afeta meio ambiente e promove especulação imobiliária

Projeto de Flávio Bolsonaro de privatização das praias prejudica ribeirinhos, afeta meio ambiente e promove especulação imobiliária

A proposta legislativa conhecida como PEC das Praias tem causado alvoroço nas redes sociais, com briga entre famosos e memes. O texto da proposta de emenda à Constituição 3/22 já foi aprovado pela Câmara em 2022 e passou por audiência pública no Senado, mas ainda não foi analisado em comissões e no plenário.

Para entender o que está em jogo com a PEC das Praias, o programa Central do Brasil desta terça-feira (4) conversou com Gabriela Nepomuceno, porta-voz do Greenpeace Brasil. De acordo com ela, os municípios pequenos podem estar mais suscetíveis à pressão dos grandes empreendimentos, como hotéis e resorts, para explorar esses terrenos.

“Uma vez que cerquem esses terrenos que hoje dão acesso à praia, isso pode resultar no impedimento do acesso às praias, aos mangues, podem promover especulação imobiliária e também afetar os ecossistemas locais como as restingas“, explica.

Para ela, é “absurdo que o Parlamento se debruce a apreciar proposições que tenham como objetivo direto ou indiretamente o desmantelamento da legislação ambiental“.

Os terrenos da União são estratégicos para conter o avanço do nível do mar, disse. “São terrenos que são importantes pela implementação de políticas que venham a minimizar os efeitos da crise climática, políticas que preservem o ecossistema que já existe para evitar as enchentes. É importante que a população saiba e quanto mais o debate for público e ampliado, melhor.”

A entrevista completa, feita pela apresentadora Luana Ibelli, está disponível na edição desta terça-feira (4) do Central do Brasil, que está disponível no canal do Brasil de Fato no YouTube.