Presidência: Marçal quer chapa com Gusttavo Lima na vice

Presidência: Marçal quer chapa com Gusttavo Lima na vice

Reportagem do jornal Folha de São Paulo revela que o coach goiano Pablo Marçal (PRTB) descartou qualquer possibilidade de ser vice em uma eventual chapa com Gusttavo Lima para a eleição presidencial de 2026. “Eu sou cabeça de chapa e estou pronto para servir o povo e mudar a realidade do Brasil”, afirmou o bolsonarista.

Uma fonte próxima a Marçal reforçou que ele, que enfrenta o risco de se tornar inelegível por denúncias de irregularidades na disputa pela prefeitura de São Paulo nas eleições do ano passado, dificilmente aceitaria ser vice de alguém, sendo mais provável que desistisse da política do que aceitar essa posição, revela a matéria da Folha de S.Paulo.

A declaração veio após o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, sugerir a possibilidade da aliança. Segundo Avalanche, a união dos dois nomes poderia combinar a popularidade do cantor com a experiência de Marçal no empreendedorismo e na política.

“O partido tem interesse em atrair figuras públicas de destaque para fortalecer sua presença política. Temos interesse em filiar Gusttavo Lima. Há a possibilidade de uma chapa composta por ele e Pablo Marçal. A formação dessa chapa poderia ocorrer com Gusttavo Lima como candidato a presidente e Marçal como vice, ou vice-versa”, disse.

O presidente do PRTB também destacou que o cantor sertanejo poderia se apresentar como uma alternativa entre os candidatos de esquerda e direita. Para Avalanche, a fala de Gusttavo Lima sobre estar “cansado dessa história de direita e esquerda” demonstra uma abordagem mais “conciliadora”.

Inelegibilidade
Cinco ações eleitorais contra Pablo Marçal, que podem torná-lo inelegível por oito anos, já estão prontas para sentença na primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo.

O juiz responsável pelo caso encerrou a fase de produção de provas, e as partes apresentaram suas alegações finais. Os processos envolvem denúncias sobre os campeonatos de cortes de vídeo e um vídeo em que Marçal pedia doações de R$ 5.000 em troca de gravações de apoio a candidatos em todo o país.

O juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz, o mesmo que determinou a suspensão dos perfis de Marçal durante as eleições, negou diversos requerimentos apresentados pelas partes, incluindo o pedido para a oitiva de testemunhas da defesa. Com isso, a sentença pode ser publicada a qualquer momento.

Essas ações fazem parte de um tipo de processo chamado Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), que analisa possíveis abusos de poder durante a campanha ou o uso indevido dos meios de comunicação social.

Caso Marçal seja condenado, ele ainda poderá recorrer à segunda instância, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), e posteriormente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com informações da Folha e do DCM