Prefeito e 1ª dama invadem rádio em Posse-Go

Prefeito e 1ª dama invadem rádio em Posse-Go

O proprietário da emissora Ivon José Valente entrevistava a sindicalista e vereadora Professora Rosely sobre a falta do pagamento do piso salarial nas categorias de Enfermagem e Educação, quando o casal invadiu a rádio e deu início a confusão.

Carolina Chaves Valente Bonfim, primeira-dama e o esposo, o prefeito Hélder Bonfim (UB), invadiram a Rádio Cultura de Posse  para agredir e ameaçar o radialista Ivon José Valente, após o comunicador relatar sobre a falta do pagamento do piso salarial das categorias de Enfermagem e Educação.

“Eles não gostaram quando a gente falou sobre o caso. Chegaram desacatando, me xingaram. Foi um bate-boca feio. Ameaçaram de agressão. A primeira-dama veio para cima de mim, mas me mantive tranquilo. Por pouco não fui agredido”, disse.

No momento da confusão, a rádio estava no intervalo da programação. Outros dois locutores presenciaram a invasão do prefeito e da primeira-dama.

“Eu fiz a crítica na área política, não ataquei ninguém, apenas relatei o que os vereadores estavam falando na tribuna da Câmara Municipal na segunda-feira (11)”, argumentou Ivon, que já foi diretor na UEG.

“Como educador, achei pertinente falar da importância da educação para a sociedade, e o prefeito, como médico, devia defender a educação. Eu falei: Dinheiro para outras coisas, tem. Mas para a educação não tem. Para assessores, comissionados, sempre têm recursos, abre-se uma brecha”, salientou.

Ivon revela que Carolina Bonfim e Hélder Bonfim chegaram empurrando com violência a porta do estúdio, e que a mulher tentou dar um tapa em seu rosto. O programa foi encerrado após o ataque. O radialista contou que tomará precauções em relação à segurança no local.

As gravações e vídeos da confusão serão analisadas pela Polícia Civil (PC).

Não é a 1ª  invasão de Carolina

Em outubro de 2022, a primeira-dama Carolina Chaves Valente Bonfim, juntamente com sua mãe, invadiram a Câmara Municipal de Posse em busca de vídeos de uma CPI, que apurava sobre supostos contratos fraudulentos da prefeitura. Após ter seu pedido negado, Carolina teria agredido verbalmente e intimidado uma servidora do Legislativo.