Em cenários e situações de disputas, candidatas e candidatos precisam do marketing político. Mas você sabe para que serve esse conjunto de técnicas?
por Nilson Hashizumi (RBA)– Neste 2024 serão realizadas eleições municipais em 5.568 cidades, onde os cargos a prefeito (a), vereadores e vereadoras estarão em disputa. Cada qual com seu conjunto de atributos com um único propósito: vencer as eleições. Certamente haverá mais candidatos do que vagas a preencher e neste cenário de competição o marketing político é o elemento que vai destacar projetos e propostas com adequada percepção de valor pelo eleitorado.
Não espere por milagres
Parece simples? Não. Muito longe disto. Quando observamos o cenário, podemos dizer que “é quase um milagre alcançar um mandato”, diante de tantos desafios impostos por competidores, propostas, ideias, pautas e necessidades que a população apresenta.
Junte a esta equação outros elementos para organizar o núcleo estratégico da comunicação:
- Trajetória da candidatura;
- Organizações, grupos e comunidades das quais a candidatura participa e mantém atividade regular;
- Inclinação ideológica;
- Território a que pertence o ente político;
- Partido político ao qual o ente está ligado;
- Se a disputa é para cargo majoritário (prefeito) ou proporcional (vereador);
- Temas e bandeiras da candidatura;
- Públicos de relacionamento (base de apoio da candidatura), que pode ser territorial, temática etc.;
- Concorrentes;
- Presença digital da candidatura;
- Posicionamento estratégico;
- Tempo para o desenvolvimento das ações;
- Disponibilidade de recursos para o projeto.
E por que o marketing é tão decisivo no alcance do mandato?
O marketing é a abordagem científica que permite estruturar um conjunto de ações e atividades com o propósito de “facilitar” a aproximação e conexão entre pessoas que não conhecem a candidatura, de maneira a desenvolver um relacionamento com a proposta da candidatura, até que estas pessoas – antes desconhecidas – se tornem eleitores.
De posse das técnicas apropriadas de marketing, a pré-campanha se transforma na arena para sensibilizar a população para os problemas latentes e desafios os mais diversos, momento em que possíveis eleitores começam a se conectar com as candidaturas.
Mais adiante, é tempo de motivar eleitoras e eleitores com propostas e soluções para os principais problemas identificados, ampliando a conexão com a candidatura e “engajando” para o período eleitoral.
Por último, e não menos importante, o ciclo se completa quando – durante o período eleitoral em campanha – eleitores e eleitoras mobilizados se transformam em “defensores da candidatura” e – mais do que defender e pedir o voto entre amigos, parentes e simpatizantes – passam a votar em favor da candidatura escolhida.
Por isto o marketing político é tão útil e necessário a candidatas e candidatos.
A pré-campanha contínua e permanente é uma realidade
O exercício de atração, conexão e engajamento é tão importante e demanda tanto tempo, recursos e atenção para o fortalecimento da base eleitoral, que muitos mandatários e pré-candidatos já realizam pré-campanha contínua e permanente.
O esforço se justifica pelo ciclo evolutivo dos relacionamentos, que impõe diferentes esforços na condução destes públicos para níveis crescentes de consideração e aderência à candidatura até o voto, transformando o relacionamento em uma verdadeira experiência de conexão, a saber:
- Conhecimento da candidatura;
- Simpatia pela candidatura;
- Consideração da candidatura para o voto;
- Concessão do voto à candidatura.
E para vencer cada uma das etapas, é essencial que ações integradas sejam efetivadas ao longo do tempo, mantendo sintonia com a proposta de valor representada pela candidatura, e engajando seguidores, apoiadores e possíveis militantes.
Há muitas etapas a vencer e o esforço contínuo de atração obriga a equipe de campanha a realizar ações propositivas, reforçando aspectos que permitam ampliar o relacionamento com a base e facilitando a mobilização e engajamento através do conjunto de atributos favoráveis à candidatura, como por exemplo:
- Humanização da candidatura;
- Conjunto de crenças e valores da candidatura;
- Trajetória da candidatura;
- Autoridade da candidatura no território;
- Temas e bandeiras defendidos pela candidatura;
- Propósito e defesa da candidatura e seu partido;
- Ações e iniciativas realizadas pelos grupos e organizações dos quais a candidatura tem atuação sistemática;
- “Gameficação” junto aos apoiadores e militantes da campanha;
O marketing otimiza recursos no alcance dos resultados
Independente do tamanho da campanha, o marketing organiza, formata, personaliza e determina o conjunto de ações que melhor atende ao desafio das candidaturas, indicando e selecionando as iniciativas de melhor custo x benefício.
E para alcançar o mandato nas próximas eleições, criar boas experiências de conexão é apenas um dos passos que vai transformar alguém desconhecido em eleitor.
O que a Alcateia Política adiciona ao seu projeto político?
A Alcateia Política é um coletivo de estrategistas em Marketing Político, com o propósito de defender e manter a democracia e preservar a liberdade de pensamento como forma de construção da cidadania.
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Desenvolvemos “soluções estratégicas em projetos políticos”, compreendendo as necessidades e particularidades de cada cliente, o cenário político no qual está inserido, elaborando as melhores soluções em Marketing e Comunicação, com honestidade intelectual, utilizando tecnologia e métodos científicos e valorizando as experiências vivenciadas.
Assumimos como missão: “Contribuir para a melhoria da sociedade brasileira, por meio de ações políticas éticas e inovadoras”.
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NILSON HASHIZUMI – Profissional de Marketing, jornalista, fotógrafo e gestor de cultura, com MBA em Comunicação Governamental e Marketing Político pelo IDP de Brasília. Coordenou e orientou campanhas de prefeitos em São Paulo e no Pará, bem como atuou como estrategista em campanhas de deputado federal em Minas Gerais e São Paulo e deputado estadual em São Paulo. Orientado a resultados, trabalha com abordagem de processos na gestão da comunicação on-line e off-line, para a construção de imagem, formação de opinião e reputação. Atuou por 28 anos no segmento de marketing, comunicação e sistemas de gestão para a iniciativa privada, organizações da sociedade civil e entidades de classe.