Pesquisa XP/Ipespe: Rejeição a Bolsonaro dispara e brasileiros caem a ficha sobre fake news nas redes sociais

Pesquisa XP/Ipespe: Rejeição a Bolsonaro dispara e brasileiros caem a ficha sobre fake news nas redes sociais

Presidente tem a pior avaliação, 59% criticaram twitter pornográfico postado por Bolsonaro no carnaval e 72% consideram que Facebook e Whatssap só divulgam notícias falsas, meios com maior credibilidade são rádio (64%), tv (64%), jornais (61%), portais *(32%) e sites e blogs (28%) 

A pesquisa XP/Ipespe mostra que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PSL) está em queda, a rejeição dispara. Mais: além de não depositar tanta confiança no presidente, os brasileiros desconfiam cada vez mais das redes sociais. Facebook e Whatssap estão em baixa. Estas foram as redes sociais que mais disseminaram notícias falsas (fake news) durante a campanha como o “kit gay” e a “mamadeira de piroca”. O relatório do XP mostra que para 72% dos entrevistados, Facebook e Whatssap só divulgam notícias falsas.

Das duas uma: ou o presidente sai do twiiter e começa a governar, ou vai ver sua popularidade ficar abaixo de cu de cobra, porque os brasileiros parecem que estão ficando vacinados das fake news.

Rejeição aumentando
Pesquisa XP/Ipespe foi realizada entre 11 e 13 de março e revela que a rejeição a Jair Bolsonaro está disparando. Entre a 11 e 13 de fevereiro e 11 e 13 de março, o percentual dos que consideram seu governo ruim ou péssimo saltou sete pontos percentuais, de 17% para 24%. Ele é o presidente em começo de mandato com pior avaliação desde a redemocratização do país -exceto Temer, que chegou ao poder por um golpe de Estado e não entra na série histórica. Dos que souberam do post escatológico de Bolsonaro no Carnaval, 59% condenaram e apenas 27% consideraram a publicação “adequada”.

A avaliação positiva (ótimo e bom) do ex-capitão que era de 40% em janeiro e fevereiro caiu agora para 37%. A avaliação “regular” manteve-se em 32%.

O nível de “ótimo” ou “bom” atribuído à gestão Bolsonaro em março é mais baixo do que o registrado por outras pesquisas durante os governos de Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso (primeiro mandato), Luiz Inácio Lula da Silva (os dois mandatos) e Dilma Rousseff (primeiro mandato) em momentos similares. Veja o gráfico:

De acordo com a pesquisa, as expectativas para o restante do mandato de Bolsonaro caíram pelo segundo mês seguido. Em janeiro, 63% esperavam uma gestão ótima ou boa, percentual que caiu para 60% em fevereiro e agora está em 54%. Já o grupo dos que esperam um mandato ruim ou péssimo saltou para 20% após ficar em 15% nos dois meses anteriores.

Mudanças relevantes também se observam na percepção dos entrevistados sobre o noticiário que envolve o governo e o presidente Jair Bolsonaro. Para 43%, a maioria das notícias veiculadas recentemente na televisão, nos jornais, nas rádios e na internet eram mais desfavoráveis à atual gestão. Em fevereiro, este percentual estava em 24%. Do outro lado, 21% veem notícias mais favoráveis ao governo, 13 pontos percentuais a menos do que a marca do mês anterior.

As recentes publicações de Bolsonaro nas redes sociais, caso da divulgação de vídeo obsceno de um bloco de Carnaval em São Paulo, tiveram repercussão negativa entre a maioria dos eleitores ouvidos pela pesquisa. Segundo o levantamento, 72% tomaram conhecimento da publicação. Desses, 59% consideraram o conteúdo inadequado, ao passo que 27% classificaram a postagem como adequada e 3% disseram ser indiferente.

 

Facebook e Whatssap em descrédito, rádio, tv, jornais, blogs, sites em alta
A pesquisa XP mostra que os brasileiros estão cada vez mais desconfiados das fake news (notícias falsas) que estão sendo postadas nas redes sociais. O Facebook é a rede social com maior descrédito: para os entrevistados, apenas 11% do que é publicado no Facebook é “notícia verdadeira”, para 70% tudo que é publicado alí é falso e 19% não soube responder. O watssap vem a seguir: somente 12% acreditam que o whatsapp tem notícias verdadeiras, contra 72% que acham que tudo é falso e 16% não soube responder. No twiiter, 52% avaliam que tudo que é postado é falso, 16%, que é verdadeiro e um terço dos entrevistados (32%) não soube ou não quis avaliar. Segundo os entrevistados, o instagram tem 17% de notícias verdadeiras, 55% de falsas e 28% que não responderam.

Os blogs e sites de notícias estão e os portais de notícias na internet estão melhor avaliados. Para 28% os blogs e sites postam notícias verdadeiras, este número sobe para 32% em relação aos portais; entre 52% e 50% crêem que estes meios veiculam notícias falsas, e os indecisos ficam entre 20% e 18%, respectivamente.

O meio com maior credibilidade é o rádio: 64% acreditam que ele fala a verdade, 19% que os narradores mentem e 17% não souberam avaliar. A televisão e o jornal impresso estão empatados: 61% dos telespectadores e dos leitores acreditam que nestes meios as notícias são verdadeiras; 28% (TV) e 24% (jornal) que são falsas, e 11% e 16%, respectivamente, não avaliaram. (Com informações dos sites Brasil247 e  O Cafezinho)

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