Pesquisa mostra que 78% dos ucranianos consideram Zelensky responsável pela corrupção no país

Pesquisa mostra que 78% dos ucranianos consideram Zelensky responsável pela corrupção no país

Uma pesquisa realizada na Ucrânia pela Fundação Iniciativas Democráticas, pelo Centro Razumkov e pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, entre julho e agosto de 2023, revela que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que é tratado como “herói” pelo Ocidente, não é bem visto pelos ucranianos.

De acordo com a pesquisa, 78% dos ucranianos consideram que Volodymyr Zelensky é responsável pela corrupção existente em seu governo e nas Forças Armadas.

Em sentido totalmente oposto, apenas 18% dos ucranianos consideram que Zelensky não tem responsabilidade pelos escândalos de corrupção em seu país.

No entanto, o “herói” do Ocidente enfrenta mais reprovações diante da população ucraniana: 55% consideram que os países ocidentais têm o direito de questionar a ajuda militar que dão a Kiev enquanto existir corrupção nas Forças Armadas.

Para 52% dos entrevistados, é correto criticar Zelensky, mesmo sendo o comandante-em-chefe.

A situação do presidente ucraniano também não é boa entre o empresariado: 47% afirmam que a corrupção é o principal obstáculo para se fazer negócios, enquanto 37% responsabilizam a guerra, percentagem que empata com o sistema tributário (36%) e a fraqueza estatal (36%).

Outro dado que a pesquisa levanta é o fato de que o empresariado ucraniano não é bem visto quando o tema é a reconstrução da Ucrânia no pós-guerra: 28% consideram que empresas ocidentais devem ser as responsáveis pelo serviço; 19% indicam instituições multilaterais; 17,5% citam o governo, e apenas 8% indicam as empresas locais.

Isolamento da Ucrânia
A cúpula do G20, realizada na Índia, fez o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, perceber que está perdendo aliados. É o que aponta um artigo publicado pelo site Rebelión.

“A Ucrânia reconhece o crescente isolamento frente aos apelos pelo início das negociações [de paz] e o fim das operações militares nas quais as Forças Armadas da Ucrânia não têm hipóteses de sucesso. Daí a histeria de Zelensky, que em poucos dias criticou o papa, a China e, agora, todos os países do G20”, diz o artigo.

Na semana passada, o representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, comentando os resultados da reunião do G20, disse que o bloco não tem nada do que se orgulhar.
Ao mesmo tempo, o conselheiro-chefe do gabinete de Zelensky, Mikhail Podolyak, em entrevista à emissora ucraniana Canal 24, descartou a possibilidade de mediação do Vaticano na resolução do conflito devido ao que classificou de posição pró-Rússia do papa Francisco.
Esta reação ocorreu depois que Francisco se dirigiu aos participantes de um encontro de jovens católicos na Rússia, em São Petersburgo, no dia 25 de agosto. Durante o seu discurso, o pontífice chamou os jovens russos de herdeiros de um grande país. As declarações suscitaram críticas na Ucrânia.
A Rússia manifestou repetidamente a sua disponibilidade para negociações de paz, mas as autoridades de Kiev introduziram uma proibição das mesmas a nível legislativo. O Kremlin também destacou que, atualmente, não existem os requisitos para que a situação na Ucrânia caminhe em uma direção pacífica, e que alcançar os objetivos da operação militar especial é uma prioridade absoluta para Moscou.
Com agências e Sputinik News