A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) comentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil que decidiu reduzir a taxa básica de juros da economia em 0,5%, mantendo ciclo de cortes iniciado na última reunião, realizada em agosto. Com isso, a Selic cai para 12,75%, menor patamar dos últimos 15 meses.
“A divulgação positiva do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre e os dados do mercado de trabalho, que continuam a mostrar desempenho ascendente, com criação de empregos, redução da taxa de desemprego e aumento da massa salarial, consistem em fatores relevantes para sustentar uma redução mais agressiva do colegiado”, defende o presidente da Fieg, Sandro Mabel.
Para ele, é fundamental para o setor produtivo que haja uma maior redução dos juros de forma continuada para que o efeito seja sentido na ponta de forma mais célere, quando da liberação de empréstimos e financiamentos.
“Os juros praticados ainda estão bem elevados. Isso não favorece os investimentos por parte do setor produtivo na aquisição de máquinas e equipamentos, inclusive na contratação de capital de giro para solução rápida contra o estrangulamento financeiro.”
Diagnóstico da indústria em Goiás
Numa parceria com a UFG (Universidade Federal de Goiás) a FIEG lança na próxima segunda-feira (25/09), às 14 horas, um estudo inédito sobre cadeias produtivas goianas. O evento será realizado na Casa da Indústria, em Goiânia. O estudo, que contou com apoio do Sebrae e execução da Universidade Federal de Goiás (UFG), identificou os principais desafios para o fortalecimento dos sistemas produtivos agroindustriais no Estado, incluindo os pequenos negócios, dos segmentos produtivos de soja e milho; suínos; aves; bovinos e couro bovino; lácteos; sucroenergético; algodão e silvicultura.
“É um estudo inédito de CNAES [Classificação Nacional das Atividades Econômicas] em Goiás. O levantamento traçou estratégias claras para orientar a expansão desse setor de que tanto depende a economia do Estado, com dados quantitativos e qualitativos, considerando a diversidade dos negócios da cadeia agroindustrial goiana”, explica Marduk Duarte, presidente do CTA (Conselho Temático da Agroindústria).
Sandro Mabel, destaca que o diagnóstico não só detalha de forma aprofundada a atual situação da agroindústria goiana, mas também lança um olhar estratégico voltado para o futuro. “O estudo faz uma análise abrangente dos principais desafios, das oportunidades e diretrizes que moldarão a expansão e o fortalecimento desse setor vital para nossa economia”, sustenta.
Números gerais do levantamento mostram que Goiás movimenta mais de R$ 830 bilhões em importações, exportações e consumo interno nas oito cadeias produtivas que integram o estudo, considerando a jornada do campo à mesa dos goianos. A indústria de alimentos é a que mais se destaca, representando 16,6% do fluxo total de negócios. O estudo completo está disponível para consulta no Observatório Fieg Iris Rezende ( observatoriofieg.com.br).
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