Prisão de um dos mandantes da morte do empresário Fábio Escobar movimentou o debate no Legislativo
Durante as discussões das matérias constantes da Ordem do Dia de hoje, 4, o deputado Mauro Rubem (PT) manifestou-se, na tribuna, a respeito da prisão de Carlos “Cacai” César Toledo, suspeito de ser o mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar, após quase sete meses foragido. O deputado enalteceu as atuações policiais, em especial da Delegacia de Repressão às Organizações Criminosas e do Ministério Público, na resolução do caso.
Mauro Rubem questionou o que chamou de “rede de proteção” ao então foragido. O parlamentar revisitou o histórico do caso do assassinato de Fábio Escobar e lembrou sua atuação na busca de solução pelo crime. “Isso é um crime político, sob encomenda, comprovadamente executado por policiais. […] É uma teia de ações”, ressaltou ao exigir o aprofundamento das investigações.
Mauro Rubem enalteceu a atuação do coronel da Polícia Militar e testemunha fundamental do caso, Coronel Castilho. Para o petista, o policial agiu com coragem, disposição e seriedade em seus depoimentos essenciais para as investigações.
Por fim, Mauro Rubem correlacionou o caso aos desdobramentos de uma ação policial no bairro Jaó, em Goiânia, em um duplo homicídio. Na perspectiva do parlamentar, “há uma movimentação estranha” nas relações entre o Executivo e a Polícia. “Isso não pode corromper uma instituição tão importante”, enfatizou e questionou a soltura de policiais envolvidos neste segundo caso.
“Como é possível isso acontecer? Um crime dessa gravidade, com fraude processual”, ressaltou. Na conclusão de seu pronunciamento, Mauro Rubem considerou levar o tema às instâncias federais, caso não haja resolução do caso. “Confio muito no Ministério Público, na polícia, nos juízes que aí estão, para poder levar esse caso até o fim”, encerrou.
O deputado Major Araújo (PL) também ocupou a tribuna durante a deliberação da Ordem do Dia desta terça-feira, 4, para aplaudir a prisão de Cacai Toledo.
“Independentemente de quem seja, eu quero que a justiça seja feita e que criminosos sejam presos. Mesmo que o acusado seja alguém que trabalhou da na campanha do governador Ronaldo Caiado (UB), e isso precisa ser esclarecido”, defendeu.
O parlamentar observou, ainda, que um dos acusados de ser mandante do crime, Jorge Caiado, é primo do governador e continua solto. “Queremos saber o porquê disso. O delegado do caso disse que tem dificuldades com a Instituição da Polícia Militar, mas a verdade é que quem dificulta é seu comandante em chefe, Ronaldo Caiado”, criticou.
Com informações da Agência Alego