Pré-candidata participou de audiência pública em defesa do SUS na Assembleia Legislativa de Goiás onde fez o compromisso de seguir as orientações do Tribunal de Contas dos Municípios à risca
“O maior sofrimento, a maior angústia população de Goiânia hoje é a saúde”, disse a pré-candidata a prefeita Adriana Accorsi em audiência pública promovida no início desta semana pela deputada Bia de Lima, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
“Saúde, é vida ou morte” enfatizou ela ao relatar que tem percorrido o estado, como deputada federal, mas sobretudo Goiânia, como pré-candidata a prefeita, e constatado a aflição das pessoas em busca atendimento.
Ela fez o compromisso de seguir as orientações do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) à risca. “Nós temos que ser exemplo de legalidade”.
Durante o evento, o procurador-geral de contas do Ministério Público de Goiás, José Gustavo Athayde, relatou que o TCM acatou pedido dos procuradores e determinou a suspensão, em Goiânia, do modelo de contratação pessoa jurídica e a volta do modelo original, que é a contratação direta com o profissional para restaurar posição do Conselho Municipal de Saúde, que veda a terceirização, a contratação de PJ. O objetivo é dificultar a artimanha de repassar o dinheiro para o PJ ou para a organização social e o profissional ficar sem receber.
Adriana também ressaltou o compromisso de realizar concurso publico e valorizar os trabalhadores e trabalhadoras da saúde, “que estão adoecidos e sofrendo com o caos”.
Adriana explicou que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, recentemente garantiu a ela, em Brasília, que a pasta da saúde municipal está impedida de receber recursos e ambulâncias para o Samu de Goiânia porque o órgão foi desqualificado por denúncia de irregularidades.
“Vamos fazer um Hospital Municipal em Goiânia, resolver os repasses para a Santa Casa, para os médicos, os fornecedores e os anestesistas, que estão com pendências.”
O plano da pré-candidata inclui ainda fazer as policlínicas nas regiões, uma política federal com o recurso federal que o município de Goiânia não aderiu.
“Nós políticos precisamos ter consciência ao sermos cobrados pela população. O nosso dever é garantir fortalecimento do SUS e a saúde pública pra todas as pessoas”.
Defesa do SUS
O tema da audiência foi o “O Fortalecimento do SUS – Um Direito da População de Goiânia e de Goiás”.Bia de Lima ressaltou a importância do goiano participar da busca por soluções para os problemas da saúde em todo o Estado. “Eu sei que temos realidades diferentes, em que a situação está um pouco melhor e outras em que está gritante, como é o caso de Goiânia e buscaremos, se preciso for, até o presidente da República para resolver”, afirmou.
A representantes da entidades presentes apontaram que a saúde em Goiânia se encontra na UTI com profissionais trabalhando sem insumos, sem medicamentos, com médicos contratados pelo sistema de PJ e perseguição dentro das unidades de saúde; as UPAs de Goiânia, que foram feitas para o paciente ficar 24 horas, no máximo 48, temos pessoas que estão há 10 dias intubadas por falta de vaga porque o município não paga os hospitais. Há seis UPAs hoje sem laboratórios. A grande demanda de pacientes do interior por atendimento em Goiânia provoca problemas na regulação, que não são resolvidos .
Na mesa diretiva do evento também estavam o superintendente estadual do Ministério da Saúde, Lucas Vasconcellos;presidente do Conselho Municipal de Saúde, Venerando Lemes; presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego), Franscine Leão; e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado de Goiás (Sindsaúde), Luzineia de Souza Veira, presidente da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg) e do Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs), Christiane do Calle; representante da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Goiás (Apae Goiás), Rodolpho José Barbosa Júnior; médica intensivista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Goiânia (SAMU), Tânia Cristina; e a representante do Conselho Estadual de Saúde, Celidalva Bittencourt.