Após perder 50 tanques e sofrer ataques de 340 mísseis, líder israelense agora quer parar ataques
O gabinete de segurança israelense decidiu, nesta terça-feira (26), concordar com um cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano, após dois meses de guerra aberta com o movimento islamista pró-Irã.
O pedido vem dois dias após cidades israelenses como a capital Telavive, Haifa, serem atingidas por cerca de 340 mísseis disparados do Líbano pelo grupo islâmico Hezbollah, conforme registrou a agência Al Jazeera.
A rede de TV árabe mostrou estragos causados em edifícios e casas israelenses. Há dois meses as IDF (sigla em inglês para o exército israelense) atacam o Sul do Líbano sem nenhum avanço de terreno, pois enfrentam feroz resistência dos defensores do Hezbollah.
Segundo fontes militares ouvidas pelo ex-comandante da Marinha, Robson Farinazzo, do Canal Arte da Guerra, Israel já perdeu 50 tanques para o Hezbollah nos atritos que ocorrem em Aita al-Shaab e Aitarun, vilarejos ao Sul de Beirute.
O Hezbollah está realizando operações contra instalações militares e assentamentos israelenses com foguetes, em retaliação aos ataques aéreos mortais do regime no Líbano.
Num fato sem precedentes na história de conflitos entre as IDF e o Hezbollah, o grupo libanês disparou um míssil balístico contra sede do Mossad, perto de Telavive.
“A Resistência Islâmica lançou um míssil balístico ‘Qader 1’ às 6h30 (03h30 GMT) na quarta-feira, 25-9-2024, visando a sede do Mossad nos arredores de Tel Aviv”, confirmou o Hezbollah em comunicado. “Esta sede é responsável pelo assassinato de líderes e pela explosão de pagers e dispositivos sem fio”, completou o grupo.
Ainda de acordo com fontes libanesas, só no mês de outubro Israel perdeu mais de 70 soldados e outros 600 ficaram feridos no combate no Sul do Líbano. Três drones Hermes 450 e um drone Hermes 900 também foram abatidos pelas forças de defesa libanesas.
Para o comandante Farinazzo o número de baixas e perda de equipamentos mostra que as IDF não estão preparadas para a ofensiva no Líbano. Ele avalia também que o grande número de mísseis que tem atingido o território israelense pode ser pela falta de estoques de munição e mísseis das IDF para rebater os ataques inimigos.
Pelo menos 2.546 pessoas, incluindo 140 crianças e 270 mulheres, foram mortas e outras 11.862 ficaram feridas no Líbano como resultado da invasão isarelense. Em Gaza, a agressão israelense começou em outubro do ano passado, ceifando a vida de mais de 42.800 pessoas até o momento.
Com informações do Canal Arte da Guerra, Opera Mundi, Al Jazeera, Blog Estratégia Global e Al Jazeera