Mulheres que fazem a diferença

Mulheres que fazem a diferença
Uma mulher é assassinada a cada hora no Brasil. Cinco seriam espancadas. Negras morrem mais, registra o  Atlas da Violência. Vereadora Leia Klébia promove, neste sábado(16/03), às 9h, com saída da Câmara Municipal, caminhada pelo fim da violência misógina e racista.
Renato Dias, especial
para o Onze de Maio
Levantamentos exclusivos do Mapa da Violência, Atlas da Violência, da ONU, apontam que, hoje, no Brasil, uma mulher é assassinada a cada hora no País. Cinco seriam espancadas. De dois em dois minutos. Uma ação misógina, machista, racista, patriarcal. Com desigualdades econômicas e sociais abissais. Com diferenças salariais e de oportunidades de trabalho entre homens e mulheres. Brancas e negras. A denúncia é da vereadora do PSC Leia Klébia:
“Em 80% dos casos, os responsáveis, os agressores, são maridos ou namorados”, aponta.
Marielle Franco, vereadora do Psol, foi executada. A  sangue frio. No ano turbulento de 2018. Crime sem castigo. No ano de 2017, crimes de lesão corporal, enquadrados na Lei Maria da Penha, obtiveram 221 mil e 238 registros. O que significa, por dia, 606 Boletins de Ocorrência Policial, destaca, com lágrimas nos olhos.
No Estado de Goiás os números totalizaram 5.171, diz a ativista, que organiza, neste sábado, 9h, a 2ª Caminhada  Pelo Fim da Violência à Mulher.
 Em 10 anos, a taxa de homicídios de mulheres cresceu 6,4%. 13 mulheres mortas por dia. Dados do Ranking Nacional de Homicídios.
As mulheres negras morrem mais. Dados do  Atlas da Violência. Edição de 2017. A pesquisa teria sido divulgada pelo Ipea.  O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.  Um órgão ligado ao Ministério da Fazenda (Economia). O índice de mortalidade das mulheres não negras [Bran-cas, indígenas e amarelas] caiu 7,4%, explica.
Em comparação como mesmo período analisado. A mortalidade das mulheres negras obteve um aumento de 22%.
 Goiás é o segundo em morte de mulheres negras, denuncia. O Brasil notificou 60.018 casos de estupros em 2017. Uma média de 164 por dia. Um a cada 10 minutos.
 A estimativa é que o número real de casos de estupro, de violência sexual, grave, que ocorrem no País, seria pelo menos dez vezes maior. Em tempo: 600 mil casos reais.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás registrou 2.495 casos, em 2017.  Um percentual de 10,28 % maior do que os índices de 2016. Já em 2018 ocorreram 1.934 estupros de vulneráveis. Números oficiais. Não custa lembrar: um cenário que exige a intervenção do poder público.
A 2ª Caminhada  Pelo Fim da Violência à Mulher sairá da porta da Câmara Municipal de Goiânia. O ato já faz parte do calendário oficial do município de Goiânia.
A estratégia da 2ª Caminhada  Pelo Fim da Violência à Mulher é mobilizar a sociedade civil, em Goiânia e no Estado de Goiás para acabar com a violência contra mulher, frisa a parlamentar. Assim como alertar para os altos índices de violência registrados nos últimos anos na capital. O Ligue 180teria anotad, somente no primeiro semestre de 2018, maisde 73 mil denúncias, frisa
A 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher contabilizou 10.572 atendimentos.
– O que corresponde a 47atendimentos por dia.
A DEAM notificou, em 2018, de 2.109 inquéritos policiais ao Poder Judiciário e encaminhou 1.133 pedidos de medidas protetivas de urgência. Pesquisas mostram que 40% das mulheres já sofreram assédios, dos múltiplos tipos, ao andar na rua, em transportes públicos ou sendo agarradas sem seu consentimento. Cerca de 29% das mulheres brasileiras relatam ter sofrido violência nos últimos 12 meses. As agressões mais graves são cometidas em casa, denuncia.
– 61% dos agressores são os maridos, companheiros, namorados, membros da família ou conhecidos.
Serviço
Ato público de denúncia: 2ª Caminhada pelo fim da violência contra a mulher
Data: Neste sábado, 16 de março de 201916/3/2019
Horário: 9 h
Local de saída: Câmara Municipal de Goiânia
Organização: Leia Klébia

 

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