MPE rejeita contas de candidato vencedor e Buriti Alegre pode ter “segundo turno”

Matéria veiculada pelo Jornal Opção informa que o Ministério Público Eleitoral (MPE) recomendou a desaprovação das contas do prefeito eleito de Buriti Alegre, o bolsonarista Garibaldo Neto (PL) por supostas irregularidades. De acordo com o MP, houve a omissão de gastos, falta de documentação fiscal para despesas com recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), e inconsistências financeiras.

Nas eleições do dia 6 de outubro, Garibaldo Neto teve 3.234 votos (49,62%), Clayton Carvalho (PP), que teve apoio do prefeito André Chaves (MDB) teve 2.428 votos (37,25%), e João Alfredo, que já governou o município em dois mandatos pelo PT, recebeu 856 votos (13,13%).

De acordo com a reportagem do Opção, além de solicitar a desaprovação das contas, o MPE solicita o recolhimento de R$ 117.006,28 ao Tesouro Nacional, apontando que as irregularidades comprometem a transparência e a lisura da prestação de contas, dificultando o controle da Justiça Eleitoral sobre a licitude da movimentação dos recursos de campanha.

O relatório do Ministério Público também afirma que existem “fortes indícios de “caixa 2 com captação de recursos de fontes vedadas e/ou aplicação desses recursos em despesas ilícitas”. A falta de transparência levanta suspeita de que a campanha teria ocorrido de forma ilegal, com recursos de origem duvidosa e gastos não permitidos.

Não será a primeira vez que um candidato eleito é impedido de tomar posse no mandato em Buriti Alegre, nas eleições de 2004  o então prefeito Anivaldo Santana Silva venceu a reeleição com 44,42% dos votos, mas não tomou posse por ter as contas rejeitadas pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O segundo colocado, João Alfredo, que teve 29,15% dos votos, tomou posse. Nas eleições de 2008, João Alfredo foi reeleito, “no primeiro turno”.

Outro lado

Ao Jornal Opção, Garibaldo Neto se limitou a falar que seus advogados e contadores já estão buscando sanar os problemas. “Recebemos manifestação do Ministério Público, mas falta sentença da Justiça Eleitoral. Mas nossa diplomação deve acontecer normalmente e nossos advogados, junto a nossos contadores estão buscando sanar os problemas”

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