Macron pede cessar-fogo e critica campanha de Israel em Gaza

Macron pede cessar-fogo e critica campanha de Israel em Gaza

Falando em uma conferência humanitária sediada em Paris para discutir a situação na Faixa de Gaza em meio à guerra Israel-Hamas, o presidente francês Emmanuel Macron rechaçou nesta quinta-feira (09/11) o deslocamento de civis do norte para o sul do território e voltou a defender um cessar-fogo como a única forma de poupar vidas na região.

Macron responsabilizou o Hamas, grupo palestino considerado terrorista por Estados Unidos, União Europeia e vários países ocidentais, por expor “palestinos às consequências terríveis” do conflito que desencadeou com Israel, e frisou que o país tem direito à autodefesa, mas advertiu que  “a armadilha do terrorismo é a mesma para todos nós: deixar a violência correr solta significa abrir mão dos nossos valores”.

“A guerra contra o terrorismo não é possível sem regras”, afirmou Macron.

O evento, que reuniu representantes dos países do G20 e de países árabes, ONGs e líderes humanitários, mas não contou com representação israelense, é um esforço do francês para reagir à crise humanitária em Gaza, mas também aumentar a pressão internacional sobre Israel para que suspenda os bombardeios no território.

Macron também exigiu a libertação dos cerca de 240 reféns que o Hamas mantém em cativeiro, anunciou que elevará a ajuda à Palestina de 20 milhões para 100 milhões de euros (R$ 527 milhões) e manifestou seu apoio à solução de dois Estados para a paz na região.

A Alemanha também já havia anunciado, na última terça, a destinação de 91 milhões de euros (R$ 479 milhões) em apoio humanitário para os palestinos.

Israel, que foi atacado por membros do grupo radical islâmico Hamas em 7 de outubro, lançou uma intensa campanha militar em resposta ao massacre de cerca de 1.400 pessoas.

O país concordou nesta quinta-feira em fazer “pausas táticas, localizadas” nas operações militares que conduz no norte de Gaza, a fim de permitir a evacuação de civis para o sul e a viabilizar a entrada de apoio humanitário no território, mas tem recusado um cessar-fogo sob o argumento de que isso permitiria ao Hamas se recompor e voltar a cometer novos atentados.

Com informações do DW