Lula recebe Roger Walters no Palácio do Planalto

Lula recebe Roger Walters no Palácio do Planalto

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou seu encontro com o músico Roger Waters, ex-Pink Floyd, em Brasília (DF), nesta segunda-feira (23).

“Há cinco anos, @rogerwaters tentou me visitar em Curitiba e foi impedido. Hoje, quando ele retorna ao Brasil, nos encontramos no gabinete da presidência no Palácio do Planalto”, escreveu o chefe do Executivo federal na rede social X, antigo Twitter, em referência a uma decisão judicial de 2018 que impediu a visita de Waters a Lula, que estava preso injustamente.

Nos últimos anos o artista reforçou a sua posição contra a extrema direita no mundo. Em 2018, ano de sua última visita ao Brasil, Roger Waters protestou contra o então candidato Jair Bolsonaro. Quatro anos depois, o cantor chamou o então ocupante do Planalto de “porco fascista”.

O músico de 80 anos trouxe a turnê This is Not a Drill para o Brasil. Ele passará por seis cidades entre outubro e novembro – Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP).

 

O cantor disse que fala sobre os próprios sonhos quando conversa com as pessoas e um deles é o de querer ver a Declaração Universal dos Direitos Humanos feita em Paris em 1948 como lei no mundo. O ex-Titãs, Paulo Miklos, acompanhou Roger Waters, no encontro com  Lula e Janja da Silva no Palácio do Planalto.

 

Repúdio a Bolsonaro em 2018

Ex-músico da banda inglesa Pink Floyd, Roger Waters manifesta seu apoio à democracia e repúdio ao fascismo durante show

No dia 9 de outubro de 2018, no seu show em São Paulo, o ex-integrante da banda inglesa de rock Pink Floyd, Roger Waters, exibiu no telão sobre o palco mensagens de alerta à onda fascista que ocorre em vários países do mundo, incluindo o Brasil e o candidato a presidente Jair Bolsonaro. Waters disse: “vocês têm uma eleição muito importante daqui a três semanas. Sei que isso não é da minha conta, mas devemos sempre combater o fascismo. Não dá para ser conduzido por alguém que acredita que uma ditadura militar pode ser uma coisa boa”.

 

Em reportagem, o jornal Folha de S.Paulo disse a época que, durante a execução da música “Eclipse”, já perto do encerramento do show, as palavras “#ELE NÃO” foram exibidas no telão. “A reação foi ensurdecedora. As quase 40 mil pessoas no estádio produziram uma mistura de poucos aplausos e muitas vaias”. Relatos nas redes sociais afirmam que as manifestações foi igualmente divididas entre favoráveis e contrárias à manifestação de Waters.

 

Segundo a matéria, “em determinado momento, o texto no telão pediu resistência contra os neofascistas, exibindo uma lista de países, destacando um político de cada lugar. Entre outros, ao lado do presidente americano Donald Trump, da líder da extrema-direita francesa, Marie Le Pen. Os nomes do Brasil, ao lado do de Jair Bolsonaro encerravam a lista.

Foto: Ricardo Stuckert