Lula lidera com folga, Gusttavo Lima aparece como fato novo e Caiado cresce

Lula lidera com folga, Gusttavo Lima aparece como fato novo e Caiado cresce

Pesquisa Genial/Quaest revela que Lula derrota todos os seus adversários no primeiro e no segundo turno em vários cenários sobre as eleições de 2026.

No primeiro turno, Lula aparece com 30% das intenções de voto no primeiro cenário, seguido por Tarcísio de Freitas (13%), Gusttavo Lima (12%), Pablo Marçal (11%), Ciro Gomes (9%), Romeu Zema (3%) e Ronaldo Caiado (3%). Os indecisos somam 5%, enquanto 14% disseram que votariam em branco, nulo ou não compareceriam às urnas.

No terceiro cenário, Lula alcança 32%, enquanto Gusttavo Lima aparece com 13%, Marçal com 14%, Ciro com 12%, Zema com 5% e Caiado com 4%. Os indecisos somam 4%, e 16% declararam voto branco, nulo ou abstenção.

No quarto cenário, Lula lidera com 33%, seguido por Gusttavo Lima (18%), Ciro (13%), Zema (8%) e Caiado (4%). O percentual de indecisos é de 5%, e 19% declararam voto branco, nulo ou ausência nas urnas.

 

Segundo turno

A pesquisa Genial/Quaest mostra que Lula venceria todos os possíveis adversários em um eventual segundo turno, caso a eleição fosse hoje. O pior desempenho de Lula seria contra Gusttavo Lima. Neste cenário, Lula teria 41% e Gusttavo Lima 35%.

Segundo o diretor do Genial/Quaest, Felipe Nunes, a explicação para o bom desempenho de Gusttavo Lima está no seu alto nível de conhecimento com imagem positiva. Ele é conhecido nacionalmente, próximo dos 80%, muito superior a outros políticos como Tarcisio, Zema e Caiado. Isso dá a ele uma vantagem competitiva já que pra ser votado, é preciso ser conhecido.

Felipe Nunes observa que nos outros cenários testados, Lula também venceria Eduardo Bolsonaro (44 x 34), Pablo Marçal (44 x 34), Tarcísio de Freitas (43 x 34), Romeu Zema (45 x 28) e Ronaldo Caiado (45 x 26).

“Considerando o patamar de votos na oposição (entre 26% e 35%), dá pra concluir que nenhum nome foi capaz de mobilizar a totalidade dos 49% que reprovam o governo Lula. Parte de quem reprova o governo, opta por votar branco, nulo ou se abster, se a eleição fosse hoje”, pontua.

Segundo Felipe Nunes, embora a vantagem eleitoral de Lula esteja mantida, ela diminuiu consideravelmente no intervalo de um mês. “Veja, por exemplo, a comparação de uma eventual disputa entre Tarcísio e Lula em 2026. Em Dez/24, a distância era de 26 pontos, agora foi para 9”, frisa.

No mesmo período, a vantagem que Lula teria sobre Caiado que era de 34 pontos em Dez/24, passou para 19 pontos agora em janeiro. Ou seja, Lula viu sua popularidade cair e sua vantagem eleitoral diminuir nesse período.

Mas como os níveis de conhecimento são muito diferentes entre os diferentes nomes comparados, para compreender o potencial de voto de cada um é preciso analisar intenções de voto relativas ao grau de conhecimento de cada potencial candidato no eleitorado. Ao fazer essa comparação, extraímos a taxa de crescimento potencial dos candidatos.

Caiado é votado por 81% de quem o conhece; Zema por 74%; Tarcísio é votado por 62% dos que o conhecem; Marçal tem o apoio de 50%; Gusttavo Lima e Eduardo Bolsonaro conseguem 44% de intenção de voto entre quem os conhece. Ou seja, ao se tornarem conhecidos, os governadores de Goiás, Minas e São Paulo passam a ter grandes chances de serem competitivos se exportarem para o Brasil a imagem que conseguiram construir em seus respectivos estados.

“Se não conseguirem fazer isso, deixam espaço para o nome mais conhecido se firmar como um candidato real. Gusttavo Lima tem desempenho alto, considerando que sua candidatura ainda não conta nem com um partido político”, destaca Nunes.

Neste gráfico ainda há dois destaques que merecem ser feitos:

(1) Jair Bolsonaro continua sendo o mais forte entre os nomes da oposição, mas está inelegível;

(2) o cargo de Ministro da Fazenda fez com que Fernando Haddad se transforme na liderança mais rejeitada neste momento (56%).

A Quaest ouviu 4.500 pessoas entre os dias 23 e 26/01. O nível de confiabilidade do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 1 ponto percentual. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

Com informações da Quaest e DCM