Israel invade o Líbano e governo Lula vai repatriar brasileiros

Israel invade o Líbano e governo Lula vai repatriar brasileiros

França vai ajudar exército libanês, Turquia pede intervenção da ONU para parar militarmente Israel

 

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou a realização de voo de repatriação de brasileiros no Líbano. A operação, coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa, terá a data anunciada nos próximos dias, após análise das condições de segurança para o voo. O planejamento inicial da Força Aérea Brasileira prevê a decolagem do aeroporto de Beirute, que se encontra aberto.

A Embaixada no Líbano está tomando as providências necessárias para viabilizar a operação, em contato permanente com a comunidade brasileira e em estreita coordenação com as autoridades locais.

Invasão de Beirute

As tropas de Israel invadiram o Líbano na madrugada desta terça-feira (1°) no horário local. Por volta das 3h as unidades de infantaria das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês) cruzaram a fronteira com o país vizinho e adentraram ao território, uma inequívoca violação das leis internacionais.

Agências internacionais com correspondentes na zona de conflito e veículos de imprensa árabes e israelenses confirmaram a invasão, que teria sido acompanhada de um forte bombardeio ao sul libanês, em zonas mais à frente das colunas de blindados do Estado judeu. Imagens transmitidas por redes de televisão do mundo árabe mostram uma pesada artilharia com projéteis traçantes cruzando os céus da região.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram um aviso aos moradores do subúrbio ao sul de Beirute pedindo evacuação dos bairros onde, segundo o Exército israelense, estariam instalações do Hezbollah.
“A todos os que estão nos prédios indicados nos mapas específicos e nos prédios adjacentes a eles nos seguintes bairros: Lilac, Haret Hreik e Borj el-Barajneh. Vocês estão nas proximidades dos interesses e instalações da organização terrorista Hezbollah e, ​​portanto, as FDI agirão decisivamente contra eles. Para sua segurança e a segurança de seus familiares, vocês devem deixar os prédios imediatamente e se afastar pelo menos 500 metros deles”.

Turquia reage

Em meio à intensificação dos ataques de Israel na região do Oriente Médio, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sugeriu nesta segunda-feira à ONU usar a força prevista na resolução “Unidos pela Paz” da organização.
De acordo com a resolução, adotada em 1950, sempre que o Conselho de Segurança da ONU, devido à falta de unanimidade entre seus cinco membros permanentes, não puder agir conforme necessário para a manutenção da paz e da segurança internacionais, a Assembleia Geral considerará imediatamente o assunto e poderá fazer recomendações apropriadas aos membros da ONU para ação coletiva, incluindo o uso de força armada quando necessário.
“Se o Conselho de Segurança da ONU não demonstrar a vontade necessária, a autoridade da Assembleia Geral da ONU para recomendar o uso da força, como na resolução ‘União pela Paz’ de 1950, deve ser ativada rapidamente”, disse Erdogan em seu discurso à nação.

França vai ajudar exército libanês

A França irá fortalecer seu apoio às forças armadas libanesas em meio a ataques israelenses, além de destinar 10 milhões de euros (11,1 milhões de dólares) em ajuda humanitária ao Líbano, disse o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, nesta segunda-feira.

“Iremos fortalecer nosso apoio às forças armadas, que são a garantidora da segurança interna e da unidade do Líbano,” disse Barrot a repórteres em Beirute, sem especificar o que exatamente isso implicaria.

Barrot reiterou seu apelo a Israel para que cesse o fogo e se abstenha de qualquer operação terrestre no Líbano. Ele também instou o movimento libanês Hezbollah a evitar ações que possam desestabilizar ainda mais a situação na região.

 

Com agências