O Brasil caminha para terminar o ano com o menor número de pessoas desocupadas da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Esse aquecimento do mercado de trabalho, sob a liderança do presidente Lula, é a principal consequência da expansão da atividade industrial, que voltou a ser fator condicionante do Produto Interno Bruto (PIB). Quase 35% das novas oportunidades de trabalho ficaram a cargo do setor no terceiro trimestre de 2024, com a contratação de 418 mil trabalhadores.
O compromisso do governo federal com a industrialização do país e com o crescimento sustentado e sustentável da economia está consolidado y yno programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado no início deste ano. São mais de R$ 1,6 trilhão em investimentos públicos e privados até 2029. O objetivo é promover a transição ecológica, a renovação de maquinário, a competitividade industrial e a abertura de novas vagas de trabalho.
Os empregos na indústria são, normalmente, os mais bem remunerados da atividade econômica, muito devido ao chamado “valor agregado”. O fortalecimento do segmento por meio do NIB, segundo os números do IBGE, contribui para a ascensão da massa salarial dos trabalhadores, que chegou a R$ 327,7 bilhões em setembro, aumento de 7,2% frente ao mesmo mês do ano passado.
Os bons resultados da indústria também têm favorecido os trabalhadores mais jovens, há algum tempo. Entre janeiro e setembro, dos 405.493 novos postos de trabalho na indústria, 57,4% foram ocupados por pessoas com idades entre 18 e 24 anos.
Crescimento do PIB
Os reflexos que a queda do desemprego terá no PIB deste ano podem ser verificados nos dados acerca da economia divulgados regularmente pelo IGBE. Em setembro, sete milhões de brasileiros procuravam emprego, o menor número desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Isso significa menos 541 mil pessoas desempregadas.
Tais estatísticas deixam o mercado incrédulo. “O Brasil está crescendo mais que o esperado, e não há política mais eficaz para emprego que crescimento econômico”, justificou Fernando de Holanda, pesquisador sênior do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), em entrevista ao jornal O Globo.
Pesquisa Industrial Mensal
A produção da indústria nacional avançou 1,1% em setembro, na comparação com o mês anterior. Trata-se da segunda alta consecutiva, dada a expansão de 0,2% em agosto. Os números estão contidos na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (1).
Já em relação a setembro de 2023, a indústria apresentou aumento ainda maior: 3,4%, a quarta alta consecutiva. Nos acumulados do ano e de 12 meses, o IBGE contabilizou aumentos de 3,1% e de 2,6%, respectivamente.
Por meio da rede social X, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, espantou qualquer possibilidade de crise econômica no Brasil.
“Sextou, com S de ‘surpresa’! A nossa indústria está assustando o fantasma da crise. A produção industrial subiu 1,1% em setembro frente ao mês de agosto, na série com ajuste sazonal. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,1% de janeiro a setembro deste ano”, comemorou o vice-presidente.
Frente a agosto, destacaram-se o setor de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (+4,3%), produtos alimentícios (+2,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+2,5%), produtos do fumo (+36,5%), metalurgia (+2,4%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+3,3%).
Com informações de Agência Gov, EBC, O Globo