
“A amplitude fez com que ele [Auschwitz] se torne um símbolo mágico. Foi onde morreram mais pessoas pelas tristemente famosas câmaras de gás.”
“Era uma rede localizada nessa região sul da Polônia. Tinha Auschwitz 1, que era o campo principal do centro administrativo; Auschwitz 2, Birkenau [Birkenau era por causa de uma vila onde também se localizou, que era o campo de extermínio]; Auschwitz 3, Monowitz, e mais 45 campos-satélite, então nós estamos falando de 48 estruturas que foram criadas para isso”, explica.
“Infelizmente, a gente vê o crescimento [do nazismo no mundo], inclusive no Brasil. Aí o que cabe é o repúdio total, o combate em todas as esferas e principalmente a responsabilidade que os governos democráticos […] têm em coibir legalmente qualquer manifestação nazista ou neonazista.”
“Lá [nos EUA], um neonazista […] pode fazer o que quiser. A não ser que ele queime uma sinagoga, está liberado […]. Aqui no Brasil já não pode, são células clandestinas. Mas apareceu com uma suástica, falou uma besteira, rapidamente o poder da justiça cai em cima.”

“E, obviamente, no mundo digital onde tudo é like, compartilhar, cancelamento, ame ou odeie, as pessoas precisam achar mecanismos de sempre estar socialmente aparecendo e socialmente criando algum tipo de questionamento”, afirma.
“E, de repente, ele [Musk] assume um cargo político dentro do governo Trump e na primeira possibilidade possível. Ele diz que não foi uma saudação nazista, que foi um gesto desajeitado e que isso era mais uma tentativa de juntar ele à figura de Hitler. Mas todo mundo sabe que, pouco antes desse próprio gesto dele, o Steve Bannon estava em uma reunião privada e fez a saudação nazista. Ou seja, em poucos dias de governo, esse gesto se repetiu com várias personalidades que estão ligadas ao governo Donald Trump. Então perdeu-se a vergonha de colocar-se publicamente como fascista ou com os gestos fascistas que querem dizer muita coisa, porque eles são a representação social do ódio, eles são a representação social da exclusão”, afirma.