Governo Lula anuncia investimento de R$ 60 bilhões para produção de medicamentos no SUS e Pólo Farmacêutico de Anápolis será um dos grandes beneficiados

Governo Lula anuncia investimento de R$ 60 bilhões para produção de medicamentos no SUS e Pólo Farmacêutico de Anápolis será um dos grandes beneficiados

Recursos serão investidos no Complexo Econômico-Industrial da Saúde até 2026. Avanços foram apresentados pelo secretário Carlos Gadelha, durante evento em Natal (RN)

Com um investimento total previsto de R$ 57,4 bilhões até 2026, o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis) tem como objetivo reduzir as vulnerabilidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar o acesso da população a novas terapias, medicamentos, vacinas e equipamentos tecnológicos. Esse recurso representa o maior volume de investimentos públicos e privados da última década, marcando um avanço significativo na saúde pública brasileira.

Em Anápolis as empresas do Pólo Farmacêutico empregam mais de 6000 pessoas em 20 indústrias do setor de medicamentos em atividade dentro DAIA (Distrito Agroindustrial de Anápolis).

Um dos exemplos é o Laboratório Teuto, que possui o maior complexo farmacêutico da América Latina com 105 mil metros quadrados de área construída em uma área de 1 milhão de metros quadrados e é também uma das pioneiras na fabricação de medicamentos genéricos no Brasil.

“O Teuto tem mais de sessenta anos e possui uma ligação muito forte com a região. A indústria ficava em Minas Gerais e se mudou para uma planta fabril e muito maior e mais moderna localizada em Anápolis, em 1993. Que gerou riquezas e conhecimento para o Estado e para os goianos”, conta o diretor de operações e marketing, Italo Melo.

 

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) destaca a importância do Polo Farmacêutico para Anápolis e sua contribuição para a população com a produção de remédios genéricos.

“A decisão do governo federal de ampliar a produção de remédios para p SUS representa uma oportunidade para as indústrias farmacêuticas instaladas no DAIA, que vão poder atender esta demanda ampliando sua produção e gerando mais empregos para o município”, comenta.

Investimento

A importância desse investimento foi um dos temas centrais no Encontro dos Laboratórios Oficiais do Brasil, realizado entre quarta-feira (14) e hoje (16), em Natal (RN). O evento, organizado pela Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Oficiais do Brasil (Alfob), contou com a participação do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) , Carlos Gadelha. Durante o encontro, Gadelha foi homenageado com a Comenda de Honra ao Mérito pelos 40 anos da Alfob, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à saúde pública do Brasil.

Em seu discurso, o secretário enfatizou a importância do investimento para o futuro do SUS.“É preciso ter muita responsabilidade nesse momento, pois nunca tivemos a possibilidade de ter um programa de investimento com a envergadura como esse que agora temos para o Ministério da Saúde. É o maior investimento, na história do Brasil, na rede pública em parceria com o setor privado. É dessa interação do público com o privado que se gera um dinamismo para o privado atender o SUS orientado pelo público, e tudo isso vai gerar emprego, renda e inovação nacional”, destacou.

Salto industrial

Além das homenagens, o evento também foi marcado pela assinatura de 6 contratos de investimentos voltados ao fortalecimento do Ceis, com o intuito de reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso da população a serviços de saúde de alta qualidade. Esses contratos fazem parte da Nova Indústria Brasil (NIB), uma iniciativa que inaugura uma nova fase da política industrial do país, caracterizada por um aumento expressivo dos recursos públicos, a inclusão de novos parceiros e a definição de metas ambiciosas para os próximos anos.

A reconstrução do Ceis, promovida pelo Ministério da Saúde, tem fortalecido a confiança do setor e estimulado uma programação de investimentos que poderá mobilizar R$ 30 bilhões anuais em parcerias público-privadas. O esforço conjunto promete impulsionar o desenvolvimento industrial no Brasil pelos próximos quatro anos, contribuindo para a geração de emprego, renda e inovação, além de garantir uma saúde pública mais robusta e eficiente no país.

Com informações do Ministério da Saúde