Goiânia registra 6º caso de raiva em morcego neste ano

Goiânia registra 6º caso de raiva em morcego neste ano

Animal morto foi encontrado no Setor Criméia Leste, Região Leste da Capital, no dia 13/11. Vigilância em Zoonoses alerta para importância da vacinação de cães e gatos para evitar que seres humanos sejam infectados

Goiânia registrou o sexto caso de morcego positivo para a raiva neste ano. A Diretoria de Vigilância em Zoonoses informa que o animal da espécie Artibeus lituratus foi recolhido no dia 13/11, no Setor Criméia Leste, Região Leste da Capital.

Com mais um caso positivo, a Vigilância em Zoonoses emite alerta epidemiológico, como explica o diretor Murilo Reis. “Todo caso de raiva em morcego merece um alerta para que a população fique atenta, pois há o risco do homem ser contaminado por animais infectados. Os morcegos que vivem em Goiânia são frugívoros e insetívoros, ou seja, não se alimentam de sangue, mas podem morder uma pessoa, cães ou gatos, caso se sintam ameaçados”, alerta.

Murilo também chama a atenção para a importância da vacinação antirrábica. “Uma vez vacinados, cães e gatos ficam protegidos contra a raiva. Não estamos mais em campanha, mas há doses disponíveis, gratuitamente, na sede da Zoonoses, na Upa Vet da Amma, nas Escolas de Veterinária da UFG e da PUC, além das sedes dos sete Distritos Sanitários”, destaca.

O diretor também esclarece que cães e gatos que tiverem contato com morcegos devem ser notificados à Diretoria de Vigilância em Zoonoses”. Essa notificação é importante para que esses animais possam ser vacinados contra raiva e monitorados por 180 dias, conforme o recomendado pela Nota técnica nº 19/2012/MS”, diz.

Raiva


A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.

A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.

Outros casos registrados na Capital


21/03 – Nyctinomops laticaudatus (insetívoro) – Leste Universitário
10/04 – Artibeus lituratus (frugívoro) – Vila João Vaz
14/04 – Nyctinomops aurispinosus (insetívoro) – Negrão de Lima
13/09 – Artibeus lituratus (frugívoro) – Parque Tremendão
20/10 – Artibeus fimbriatus (frugívoro) – Leste Vila Nova
13/11 – Artibeus lituratus (frugívoro) – Crimeia Leste

No ano de 2022, foram registrados um caso de raiva em morcego frugívoro (Artibeus lituratus) na Região Noroeste e dois casos de raiva em felinos (regiões Norte e Noroeste).

Orientações à população

• Nos casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, procurar uma Unidade de Saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso

• Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual, por exemplo, pousado em local claro durante o dia, entrar em contato com a Vigilância em Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal, pelos telefones (62) 3524- 3131 3524-3124 horário comercial e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados.
Diretoria de Vigilância em Zoonoses Rodovia GO – 020, Km 8, Fazenda Vau das Pombas, (62) 3524-3113 / 3137 / 3138 E-mail: saudeambiental.goiania@gmail

• Evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente, isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas

• Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos

• Manter cães e gatos (maiores de 3 meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano), seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano (Sede da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e Hospital Veterinário da Escola de Veterinária e Zootecnia/UFG)

• Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza, portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco desde que não sejam manipulados