A Toca Coletivo, através do projeto #entocados, realiza na sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, às 20h, no teatro da Cia Novo Ato, Crimeia Leste, a 7ª edição do Sarau “Negritude Viva”, coordenado pelas integrantes do coletivo Mel Gonçalves, atriz, escritora, performer e multiartista; Lara Khyshna, rapper e atriz, e Carla Oliveira, formada em História pela UEG, fundadora da Pretas de Barro, doceria, professora, escritora e poeta.
por Carlos Pereira, especial para o Onze de Maio
O Sarau é o 12º produzido pela Ponto de Cultura a Toca Coletivo e o 2º através da plataforma cultural #entocados, com o apoio da empresa Equatorial Energia e do programa de incentivo à cultura estadual Goyazes. A proposta do Sarau “Negritude Viva” é dar visibilidade às mulheres artistas pretas, indígenas e de outras minorias, afirmam os produtores parceiros.
Mel Gonçalves explica que a temática desta edição está voltada para ampliar a visibilidade de mulheres artistas. “Como a arte é uma ferramenta poderosa para transformar a vida de mulheres em situação de violência e invisibilidade social, nosso palco será aberto para todas as pessoas, em especial mulheres, que queiram exaltar o trabalho autoral e/ou de outras mulheres, em qualquer manifestação artística: dança, canto, performance, poesia, etc”, explica.
A ativista cultural ressalta a importância de um coletivo de Mulheres Negras já que apesar de avanços, há ainda muito o que conquistar, principalmente sendo mulher e negra.
“A coletividade feminina negra é uma estratégia de empatia e fortalecimento de cada mulher, dentro de suas historicidades individuais. O fato de sermos negras não torna obrigatoriamente nossas histórias e potencialidades iguais. A importância de um coletivo como o Sarau Negritude Viva, criado em 2018 é ampliar e
criar ações para que as mulheres negras -cis, trans +, tenham um espaço seguro para a expressão de sua arte, vida, emoções, e que uma possa aprender e potencializar o crescimento da outra, sem o processo de invisibilização que a sociedade racista e misóginia nos impõe”, frisa.
Mel considera importante um outro coletivo, A Toca no caso, abrir espaço e incluir nos seus projetos uma atividade de resistência feminina e negra no Dia Internacional da Mulher e promete muita arte, poesia e intervenções durante o sarau, que terá também um palco aberto para quem quiser se manifestar.
“Poemas serão recitados por mulheres para destacar o papel feminino na sociedade, sua importância, sua resistência e sua contribuição para a reconstrução do planeta em todos os aspectos. Leituras e declamações de poemas e textos escritos por mulheres serão bem-vindos no palco aberto, proporcionando ao público a oportunidade de compartilhar o trabalho de suas autoras preferidas. A temática desta edição está voltada para ampliar a visibilidade de mulheres artistas, e a arte é uma ferramenta poderosa para transformar a vida de mulheres em situação de violência e invisibilidade social”, justifica.
Além de procurar abrir espaços de luta feminina e negra, através da arte e dos saraus, Mel explica que o coletivo busca também criar caminhos de empoderamento com projetos que dê cidadania às mulheres negras mais vulneráveis.
“Iremos proporcionar espaço e visibilidade para que mulheres artistas pretas indígenas e de outras minorias possam propagar sua arte, criar vínculos de network com outros artistas e produtores, plantando oportunidades de trabalho remunerado para essas artistas. Também haverá espaço para que outras mulheres de outras etnias façam homenagens às mulheres artistas que lhe inspiram de alguma forma”, conclui.
Serviço:
Sarau Negritude Viva
Dia 08/03 (sexta-feira) às 20h
Local: Teatro Novo Ato – Rua Dr Sebastião Fleury Curado 193, qd 24 lt 18, Setor Crimeia Leste
Entrada – 1 Kg de alimento não Perecível
Contato para entrevistas
Carlos Pereira – A -Assessoria – (62) 983007453
Quem são as coordenadoras do Sarau Negritude Viva:
Mel Gonçalves (@saraunegritudeviva)
Atriz, escritora, performer, multiartista, palestrante, tecnóloga em artes dramáticas, pelo Instituto Gustavo Ritter e pela EFA- Basileu França. Estudante na especialização de Filosofia Clínica da Casa de Estudos Francisco de Assis. Karateca no Dojo Padma. Atriz pesquisadora do Coletivo Tônus, atriz e coordenadora da @entrecoisasciateatral e do @saraunegritudeviva.
Carla Oliveira (@pretasdebarrodoceria)
Formada em História pela UEG, fundadora da Pretas de Barro Doceria, professora, escritora e poeta. Atualmente, trabalha na Pretas de Barro Doceria. É pesquisadora sobre afroempreendedorismo, empreendedorismo de encontro e poéticas das relações, além de ser produtora do Mercado da 239.
Lara khyshna (@Khyshna)
Mulher negra, periférica e empoderada. Veio ao mundo pra ser ela mesma e sempre se distrair com um sorriso intenso e alma brincalhona mesmo nas dificuldades. Tri atleta nas modalidades taekwondo, muay thai e futebol; é modelo, rapper, artista, técnica em manutenção automotiva e estudante de engenharia mecânica. Gosta de pessoas e histórias inspiradoras; de desenhar, escrever, fazer vídeos de humor, conversar sobre vivências e experiências distintas. Está na cena do rap há um bom tempo e espera que gostem da mensagem que propaga através de suas letras.