Debate da Record: Boulos denuncia Enel e Nunes defende privatização de cemitério e da Sabesp

Debate da Record: Boulos denuncia Enel e Nunes defende privatização de cemitério e da Sabesp

O debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pela Record e Estadão sábado (19), teve entre seus principais pontos a questão da falta de energia que ainda atinge mais de 100 mil residências na capital, após uma semana de apagão.

“O apagão em São Paulo tem uma mãe e um pai. A mãe do apagão vocês sabem, é a Enel, que presta um serviço horroroso, e que, como prefeito, vou trabalhar dia e noite para que não continue em São Paulo. Mas o pai do apagão está aqui do meu lado. É o Ricardo Nunes, que não fez o básico, a poda e o manejo de árvores”, afirmou o candidato Boulos.

O candidato denunciou que a privatização dos serviços é uma bandeira do prefeito, da mesma forma como fez com a privatização dos cemitérios e da Sabesp, defendida por Nunes durante o debate. “Tem vários dispositivos de contrato, como por exemplo a questão de diminuir a interrupção. É uma privatização onde a regulação está aqui no estado, com um conjunto de coisas bem escritas no contrato, que irá punir a empresa caso ela não cumpra”, disse Nunes.

“Esse mesmo discurso que o Ricardo Nunes fez aqui sobre a privatização da Sabesp, os aliados dele faziam quando foi privatizada a Eletropaulo. A avaliação deles é que quando privatiza melhora, resolve tudo. Nós estamos vendo o que está acontecendo com a Enel e vou dar um alerta para vocês, a Sabesp pode virar a Enel da Água”, alertou Boulos.

“Se com a falta de luz já está sendo esse sacrifício, imagine faltando água. Depois, quando dá o problema, ele vai vestir um coletinho para dizer que está trabalhando. Aliás só no tempo de eleição, porque quando deu o apagão no ano passado foi para o camarote da Fórmula 1. Como agora está em época de eleição, ele vestiu o coletinho dizendo que estava comandando alguma coisa e coloca a responsabilidade nos outros. Nós vamos enfrentar, como vou reestatizar o serviço funerário na cidade de São Paulo”, completou Boulos.

“Ontem teve um caso escandaloso de uma mulher de 23 anos que morreu de pneumonia e ficou três dias para ser enterrada porque a família não tinha os R$ 850 para pagar o caixão social. Muita gente, na hora da dificuldade com seus entes queridos, tem passado por isso em São Paulo, porque ele privatizou. Aí depois joga a culpa nos outros. A culpa é dos outros e o prefeito não assume suas responsabilidades”, destacou Boulos.

Outro tema debatido foi a segurança pública. Ao ser perguntado pelo jornalista se o prefeito se sentiria seguro andando da Praça da Sé ao Largo do Paissandú, no centro histórico, às 23 horas, Nunes afirmou que, “no centro, reduziu em 60% os casos de roubo e furto. Estive outro dia na praça da Sé. Eram 22h. Crianças brincando. Sabemos que tem muito trabalho pela frente, mas estamos avançando e vamos continuar avançando”, disse Nunes.

Guilherme Boulos (Psol), debochou da resposta. “Gente! Vocês viram que ele não fica nem vermelho? Crianças brincando às 22h na Sé, a população sorrindo, andando com seus celulares na mão?”, questionou.

Com informações da Hora do Povo