Duas matérias publicadas pelo site Obsertório Goiás mostram que as eleições para vereador em Anápolis devem ser judicializadas, por denúncias de candidatas “laranjas”, que teriam sido lançadas pelo Podemos e pelo União Brasil, para cumprir a cota de 30% de mulheres nestas legendas.
A primeira matéria, publicada no dia 07/11 revela que a candidata Soraya Mafra, que teve 10 votos pelo Podemos, registrou em cartório declaração pública onde diz que foi induzida pelo Podemos para ser candidata para o partido atingir os 30% de candidatas mulheres.
Na declaração, Soraya registrou:
“O partido político Podemos informou a ela que sua candidatura seria realizada somente para compor a chapa eleitoral, sendo que ela não precisaria se preocupar em realizar sua campanha política, pois foi orientada por eles que qualquer número de votos que ela tivesse seria o suficiente”, completa no registro.
O outro caso reportado pelo Observatório de Goiás é o da candidata do União Brasil, Sumaya Miguel. Ela concorreu e teve somente 13 votos, porém não informou à Justiça Eleitoral que estava grávida, com diagnóstico de gravidez de risco, que impossibilitaria fazer campanha, e portanto, deveria ser substituída pelo partido.
De acordo com a reportagem, Sumaya recebeu somente R$ 700,00 de ajuda do fundo partidário. Nas suas redes sociais ela postou nota reclamando da dificuldade de atendimento médico, mesmo diante de um quadro delicado de deslocamento de útero.
Diante das evidências, a chapa do União Brasil e do Podemos, que elegeram somente um vereador cada, devem ser alvo de avaliação da Justiça Eleitoral e podem perder seus representantes na Câmara de Anápolis.
Nas eleições do dia 06 de outubro os partidos mais votados no legislativo foram a Federação PT-PC do B-PV com 16.655 votos (8,6%), o PL com 16.401 votos (8,46%) e o PSD, com 14.834 votos (7,65%). Estas legendas, dentro do cálculo de quociente eleitoral, devem reivindicar as vagas que União Brasil e Podemos devem perder.