Amaury defende PL do Estupro, Bia e Mauro Rubem acusam bolsonarista de defender estupradores e pedófilos

Amaury defende PL do Estupro, Bia e Mauro Rubem acusam bolsonarista de defender estupradores e pedófilos

Deputado estadual Amaury Ribeiro (União Brasil-GO) – que é investigado pela PF por financiar acampamentos bolsonaristas nos quartéis em Goiás, atacou o presidente Lula, por sua entrevista na rádio CBN  em defesa das mulheres vítimas de aborto e contra o PL do Estupro, como é chamado o Projeto de Lei 1904/2024, proposto pelo deputado federal bolsonarista Sóstenes Cavalcante (PL-SP), que equipar o aborto feito por meninas vítimas de estupro ao crime de homicídio, com penas de até 20 anos.

Amaury discursou em favor do PL do Estupro e pôs no telão da Assembleia Legislativa, uma fala da entrevista do presidente à rádio CBN onde ele fez a defesa das mulheres vítimas de aborto e condenou os estupradores.

Na entrevista Lula disse:

“Então como é que a gente pode achar que este debate (do PL do Estupro) é um debate cru, se ele deve ser  um debate maduro, que envolve a sociedade? Nós temos que respeitar as mulheres, sabe. Elas tem o direito de ter um comportamento diferente de não querer sabe (gerar uma criança a partir de um estupro).  Por que uma menina é obrigada a ter um filho de um cara estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre dessa menina?”, disse o presidente.

 

O “deputado do chapéu” usou esta fala para criticar o presidente. Utilizou a frase “que monstro vai sair” para caluniar o petista.

“Esse animal, esse verme,assim como disse o deputado Cairo Salim, se a mãe dele tivesse feito um aborto, nós teriamos ficados livres de um animal como esse. Porque isso para mim não é gente. Um cara que chama uma criança (no caso um feto) de monstro, para mim é um animal” , disse Amaury.

Bia critica ataque  da direita às mulheres e defesa dos estupradores

A deputada estadual Bia de Lima (PT) usou da tribuna para condenar a fala de Amaury Ribeiro, e do deputado que o antecedeu, Cairo Salim (PSD). Ela criticou a defesa de ambos do PL do Estupro e cobrou solidariedade às meninas, vítimas de estupro.

“Venho em nome das mulheres goianas e brasileiras, em nome daqueles que defendem a vida sem hipocrisia. Não vejo nenhuma fala aqui, dos deputados da direita, defendendo o aumento da pena dos estupradores. São monstros. Eu queria ver se fosse filha de um destes deputados, se teriam a mesma postura. Se eles subiriam aqui para falar isto, se defenderiam a criminalização das vítimas dessa mesma forma”, apontou.

Segundo Bia, o que é mais absurdo é o deputado Amaury Ribeiro defender um projeto que condena uma menina de 12, a 14 anos a uma pena de 20 anos, o dobro da pena que é dada ao estuprador.

Mauro diz que extrema direita protege pedófilos

O deputado estadual Mauro Rubem (PT) disse que presidente Lula fez uma fala extremamente correta, porém, disse que os deputados de extrema-direita não querem fazer uma discussão séria, e sim, criar memes para a internet.

“Estamos vivendo um populismo atrasado de direita. 70% dos estupros ocorrem contra meninas de 11 a 13 anos, e o que estamos vendo aqui, na sessão é aqueles que defendem o estuprador”, pontou.

Mauro denuncia que não vê nenhum empenho da bancada de extrema direita para aumentar as penas para o crime hediondo o crime de pedofilia.

 

“Projeto contra a pedofilia a bancada de direita não assina. E a pedofilia está justamente vinculada ao estupro”, denuncia.

Segundo Mauro Rubem, houve grande reação na sociedade brasileira contra o PL do Estupro, porque “o povo não quer que uma menina, uma criança, estuprada por parente,  seja punida com uma pena maior que a do estuprador.  A extrema-direita, no entanto,  não sente raiva do estuprador, e cria as condições para eles serem escondidos”, critica.

Corregedoria

Ao final da sessão a deputada Bia de Lima encaminhou pedido à Corregedoria da Alego para que sejam tomadas providências contra discursos chulos e falas agressivas de deputados da extrema-direita na Casa. Amaury Ribeiro Reagiu. Disse que tinha direito de se posicionar da forma achar direito, e ante questionamento da deputada Bia, a imputou-lhe um apelido pejorativo, e continuou com sua defesa do PL do Estupro.

 

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