Viralizam na internet vídeos de empresas do agro jogando alimentos fora para forçar alta nos preços

Viralizam na internet vídeos de empresas do agro jogando alimentos fora para forçar alta nos preços

Vazam na internet vídeos de produtores jogando comida fora reclamando do preço baixo. As imagens contrastam com o discurso bolsonarista de alta dos alimentos. O objetivo declarado do descarte de verduras e frutas  é manipular a oferta e a demanda causando escassez, forçando alta nos preços.

Nas redes sociais, várias pessoas questionam por que os empresários do agronegócio, que recebem  perdão de dívidas e juros subsidiados do Plano Safra, preferem jogar alimentos fora ao invés vender mais barato ou doar para escolas ou instituições de caridade.

 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) criticou esta onda de desperdício de alimentos.

É comida sendo jogada fora num país em que 3 milhões de famílias vivem com a insegurança alimentar. É comida que recebe dinheiro público pra ser produzida sendo jogada fora porque “o preço está baixo”, disse.

Nas suas redes sociais a parlamentar explica que toda cadeia do agronegócio é financiada com juros subsidiados do Plano Safra.

“Sim, dinheiro público. No Plano Safra 2024/2025, o valor total de incentivos, subsídios e linhas de crédito especiais é de R$ 400 BILHÕES. Usaram dinheiro público pra plantar e colher, mas na hora de vender os produtos de forma justa e digna, preferem jogar fora pra manter os preços dos alimentos artificialmente altos. Mas isso não incomoda os políticos de direita em Brasília, o que os incomoda é quem DOA comida. E, nessa última semana, começaram a perseguir as Cozinhas Solidárias, que desde a pandemia estão doando comida pra quem mais precisa. Estão dando de comer pra quem tem FOME. Mas seguiremos trabalhando. Em defesa das Cozinhas do MST, da alimentação digna, da segurança e soberania alimentar, e da redução dos preços dos alimentos. E, porque não, por um Plano Safra mais criterioso e com alguma responsabilidade com o País e o povo que o financia”, protestou.