O jornalista Athos Pereira morreu na madrugada desta terça-feira (13) aos 77 anos. Em sua carreira, ele se consolidou como uma figura central na defesa da liberdade e da justiça social. Conhecido por sua atuação contra a ditadura militar e pela participação na fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), Athos lutava contra um câncer.
Ele dirigiu o PT de Goiás no final da década de 1980 e início de 1990, quado foi eleito Darci Accorsi, o primeiro prefeito do PT em Goiânia.
Durante os anos de repressão, Athos foi um fervoroso defensor dos direitos humanos, o que o levou ao exílio em países como Chile, México e Bélgica. Mesmo fora do Brasil, ele continuou sua militância, tornando-se um dos grandes intelectuais da esquerda brasileira. Quando retornou ao país, foi um dos fundadores do PT, onde atuou como dirigente e chegou a ser candidato ao Senado.
Além de sua carreira política, o jornalista dedicou anos como chefe da Assessoria da Bancada de Deputadas e Deputados do PT na Câmara Federal. Sua influência foi crucial na formação de novas gerações de militantes e políticos, sempre guiado por seu compromisso com a democracia e a justiça social.
PT lamenta morte de Athos
O Partido dos Trabalhadores recebeu com profunda consternação a notícia do falecimento, nesta terça-feira (13), em Brasília, de Athos Pereira da Silva, aos 77 anos.
Um dos fundadores do PT e militante histórico da esquerda brasileira, Athos foi servidor da Câmara dos Deputados e um dos primeiros funcionários da Liderança do PT, onde começou a trabalhar em 1995 e assumiu a chefia de gabinete por 13 anos. Depois, tornou-se assessor político.
Nascido em Porto Nacional (TO), em 20 de novembro de 1946, Athos também escreveu o livro “Líderes do PT na Câmara – trajetórias e lutas”, que traz um resumo biográfico dos parlamentares que exerceram a liderança desde 1980. A publicação foi lançada em novembro de 2013 e reeditada, com atualização, em 2023.
Companheiro, participou ativamente do movimento contra a ditadura implementada no Brasil em 1964. Por esse motivo, foi perseguido e exilou-se no Chile, em 1972, onde assistiu de perto ao ataque perpetrado pelo general Augusto Pinochet contra o Palácio La Moneda, em 11 de setembro de 1973, durante o golpe que matou o presidente eleito democraticamente Salvador Allende.
Athos deixa esposa, Thais Pires, três enteados (Júlia, Camila e Augusto), três filhos do primeiro casamento com Liliana Lemos (Pedro, Joaquim e Maria), mais quatro netos (Valentina, Rodrigo, João Vitor e Clarice).
O PT Nacional manifesta sua solidariedade aos familiares, aos amigos e aos colegas de trabalho de Athos.
Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do PT
Henrique Fontana
Secretário-geral do PT