Lula jantou Milei, Bolsonaro e Trump e marcou golaço na presidência do G-20 no Rio

Lula jantou Milei, Bolsonaro e Trump e marcou golaço na presidência do G-20 no Rio

Líder brasileiro aprovou as principais propostas no fórum que reuniu as maiores economias do planeta

 

Marcus Vinícius de Faria Felipe

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, foi ao G-20, no Rio de Janeiro, com a missão de ser o “cavalo de Tróia” do presidente eleito Donald Trump, tendo como objetivo ‘melar’ a criação de políticas globais de combate à fome, à desigualdade e à devastação do meio ambiente. Vai voltar a Buenos Aires com o rabo entre as pernas.

Antes de vir ao Rio, o ‘hermano’ havia se reunido com o ‘grande irmão do Norte’, na sua mansão, na Flórida, onde Milei saudou a volta do bilionário à Casa Branca como “o maior retorno político da história”.

Dias antes, Milei  havia retirado a delegação argentina da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 29), que foi realizada em Baku, no Ajerbaijão. O mandatário portenho  levou esta mesma posição  negacionista ao Rio de Janeiro avisando que não assinaria o documento final da conferência.

Além da frieza com a qual foi recebido pelo presidente Lula, Milei não empolgou com seu discurso de desmonte do Estado, principalmente quando disse que o neoliberalismo tirou milhões de pessoas da miséria, justamente quando o choque ultra-liberal que seu governo faz colocou 53% da população argentina na pobreza e na miséria absoluta.

Isolado e escanteado, Milei sentiu o isolamento.

Ciente de que o documento final da Cúpula do G-20 já tinha o apoio de 82 países, Javier Milei se rendeu à realidade. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que Milei, admitiu um aumento da pobreza do país e por isso decidiu assinar o Pacto Global contra a Fome, proposto pelo presidente Lula.

O comunicado final da cúpula do G20 projeta uma visão de mundo oposta àquela defendida Javier Milei e Donald Trump, em uma série de temas centrais: mudanças climáticas, imigração, tributação aos super-ricos, igualdade de gênero, regulação e as guerras da Ucrânia e da Faixa de Gaza.

Ao invés do negacionismo da dupla Milei-Trump, prevaleceu a visão humanista do presidente Lula, que identifica o combate a pobreza como meta número um para as maiores economias do mundo.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza estabelece uma infraestrutura internacional para combater a miséria e a subnutrição em nível global. A iniciativa conta com 148 membros fundadores, incluindo 82 países, União Africana, União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não-governamentais.

Lula usou com maestria sua passagem pela presidência do G-20 para apontar o caminho para um mundo melhor e menos desigual

Não é pouca coisa a meta de alcançar 500 milhões de pessoas com programas de transferência de renda em países de baixa e média-baixa renda até 2030, além de expandir refeições escolares de alta qualidade para mais 150 milhões de crianças em países com pobreza infantil e fome endêmica.

Enquanto a extrema direita ladra, a caravana do mundo multipolar avança.

 

Clique AQUI e confira a íntegra do documento da Conferência do G-20 no Rio de Janeiro

 

Veja a lista dos países e organizações que aderiram à aliança:

1. Alemanha

2. Angola

3. Antígua e Barbuda

4. África do Sul

5. Arábia Saudita

6. Armênia

7. Austrália

8. Bangladesh

9. Benin

10. Bolívia

11. Brasil

12. Burkina Faso

13. Burundi

14. Camboja

15. Chade

16. Canadá

17. Chile

18. China

19. Chipre

20. Colômbia

21. Dinamarca

22. Egito

23. Emirados Árabes Unidos

24. Eslováquia

25. Estados Unidos

26. Espanha

27. Etiópia

28. Federação Russa

29. Filipinas

30. Finlândia

31. França

32. Guatemala

33. Guiné

34. Guiné-Bissau

35. Guiné Equatorial

36. Haiti

37. Honduras

38. Índia

39. Indonésia

40. Irlanda

41. Itália

42. Japão

43. Jordânia

44. Líbano

45. Libéria

46. Malta

47. Malásia

48. Mauritânia

49. México

50. Moçambique

51. Myanmar

52. Nigéria

53. Noruega

54. Países Baixos

55. Palestina

56. Paraguai

57. Peru

58. Polônia

59. Portugal

60. Quênia

61. Reino Unido

62. República da Coreia

63. República Dominicana

64. Ruanda

65. São Tomé e Príncipe

66. São Vicente e Granadinas

67. Serra Leoa

68. Singapura

70. Sudão

71. Suíça

72. Tadjiquistão

73. Tanzânia

74. Timor-Leste

75. Togo

76. Tunísia

77. Turquia

78. Ucrânia

79. Uruguai

80. Vietnã

81. Zâmbia

82. União Africana

83. União Europeia

Organizações Internacionais:

1. Agência de Desenvolvimento da União Africana – Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (Auda-Nepad)

2. Conselho de Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR)

3. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)

4. Comissão Econômica e Social para Ásia Ocidental (Cesao)

5. Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

6. Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)

7. Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

8. Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida)

9. Instituto de Pesquisa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Social (UNRISD)

10. Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)

11. Liga dos Estados Árabes (LEA)

12. Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)

13. Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido)

14. Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)

15. Organização dos Estados Americanos (OEA)

16. Organização Internacional do Trabalho (OIT)

17. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

18. Organização Mundial do Comércio (OMC)

19. Organização Mundial da Saúde (OMS)

20. Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)

21. Programa Mundial de Alimentos (WFP)

22. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)

23. Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat)

24. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)

Instituições Financeiras Internacionais:

1. Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB)

2. Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB)

3. Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF)

4. Banco Europeu de Investimento (BEI)

5. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

6. Grupo Banco Mundial

7. Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB)

8. Novo Banco de Desenvolvimento (NBD)

9. Programa Global de Agricultura e Segurança Alimentar (GAFSP)

Fundações Filantrópicas e Organizações Não Governamentais:

1. Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab (J-PAL)

2. Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)

3. Fundação Bill & Melinda Gates

4. Brac

5. Children’s Investment Fund Foundation

6. Child’s Cultural Rights & Advocacy Trust Agency

7. Citizen Action

8. Education Cannot Wait

9. Food for Education

10. Instituto Comida do Amanhã

11. Fundação Getúlio Vargas (FGV)

12. GiveDirectly

13. Global Partnership for Education

14. Instituto Ibirapitanga

15. Instituto Clima e Sociedade (iCS)

16. Câmara de Comércio Internacional

17. Leadership Collaborative to End Ultrapoverty

18. Maple Leaf Early Years Foundation

19. Fundação Maria Cecília Souto Vidigal

20. Oxford Poverty and Human Development Initiative (Ophi)

21. Pacto Contra a Fome

22. Fundação Rockefeller

23. Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri)

24. SUN Movement

25. Sustainable Financing Initiative

26. Their World

27. Trickle Up

28. Village Enterprise

29. World Rural Forum

30. World Vision International

31. Instituto Fome Zero