Desde o início da administração Lula, desmatamento da Amazônia já despencou 45,7%, o que representa 790 mil hectares preservados; no Cerrado, a redução foi de 25,7%, na comparação com o ano passado, revertendo tendência de alta de desflorestamento
O governo federal convocou a imprensa para anunciar resultados animadores alcançados pelo país na luta contra o desmatamento. Tanto a Amazônia quanto o Cerrado experimentaram percentuais significativos de queda no desflorestamento, graças às medidas adotadas em prol da transição ecológica. Desde o início da administração Lula, a destruição da floresta tropical já despencou 45,7%, o que representa 790 mil hectares poupados, o menor índice em nove anos.
No Cerrado, o desmatamento também caiu: 25,7%, se comparado a 2023. Mais que isso, o monitoramento por meio de imagens de satélite indica que houve uma reversão da tendência de aumento da destruição do bioma, cenário observado nos últimos cinco anos. O fim do governo negacionista de Jair Bolsonaro, em 2022, demonstram os dados, representou 400,8 milhões de toneladas de gás carbônico a menos lançadas ao meio ambiente.
No caso do Cerrado, a Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues (PT-BA), lidera a queda no desmatamento, com redução de 63,3%.
Pela rede X, o senador Jaques Wagner (PT-BA), celebrou tanto a redução em seu estado quanto os números nacionais. “Os dados de redução do desmatamento da Amazônia e do Cerrado são animadores e mostram o resultado de um trabalho incansável do governo Lula em favor do meio ambiente”, destacou o senador, em postagem no X.
“Estamos fazendo nossa parte para contribuir com um mundo mais sustentável”, ressaltou. Parabenizo o governo do presidente Lula, por meio do seu Ministério de Meio Ambiente, e parabenizo também a gestão do governador Jerônimo na Bahia, por meio da sua Secretaria de Meio Ambiente, por esse importante resultado”, comemorou.
A cerimônia no Palácio do Planalto – às vésperas da conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, a COP 29, a ser realizada na semana que vem, em Baku, capital do Azerbaijão – teve as presenças do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vice-presidente Geraldo Alckmin, e das ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Desmatamento zero
Alckmin foi aplaudido ao lembrar o dado concreto conquistado pelo governo Lula: “Temos a comemorar […] porque, pegando os dois anos, é 45,7% a redução do desmatamento na Amazônia […] No Cerrado, depois de cinco anos ininterruptamente subindo o desmatamento, cai 16,7%, invertendo a curva”.
O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), de responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontou reversão da tendência de alta de desmatamento no Cerrado depois de meia década. Por causa do compromisso do governo federal com a preservação do meio ambiente, essa taxa no bioma está negativa em 16,7%, número a que se referiu o vice-presidente.
“Para a gente ter uma ideia do que isso significa, o que deixou de ser emitido, nesse período […] é toda a emissão da Argentina. Nós reduzimos a Argentina inteira, a sua emissão”, comparou o vice-presidente, ao se referir às emissões de CO₂ do país vizinho.
A titular do Ministério do Meio Ambiente (MMA) reconheceu os esforços dos membros do governo, a quem agradeceu pelos números positivos, e fez questão de sublinhar o compromisso do presidente Lula com o desmatamento zero. Marina lembrou que a empreitada exige a cooperação dos estados.
“Somos 19 ministérios trabalhando juntos, naquela ideia de política transversal, de política integrada”, pontuou.
“O Brasil tem compromisso com redução de CO₂, na meta de 2025. E pode ter certeza: com esses esforços aqui, o Brasil […] está muito perto, mesmo com o apagão de política ambiental que aconteceu no governo anterior, a gente conseguir a meta”, comemorou Marina.
A ministra assinou ainda o pacto interfederativo pela prevenção e controle do desmatamento ilegal e dos incêndios florestais no Cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Entes federados
Na Amazônia, do início de 2023 até agora, apresentaram redução significativa no desmatamento os estados do Mato Grosso (-45,1%), do Amazonas (-29%), do Pará (-28,4%) e de Rondônia (-62,5%).
Já no Cerrado, além da Bahia, a destruição florestal caiu no Maranhão (-15,1%), em Tocantins (-9,6%), no Piauí (-10,1%).