Militares das Forças de Defesa de Israel morreram e outros ficaram feridos como resultado de um ataque de drone na base de Wadi Ara, no norte de Israel, informou a rádio do Exército.
Pelo menos 67 militares ficaram feridos e quatro morreram na base militar de Wadi Ara, localizada na área de Binyamina, ao sul da cidade portuária de Haifa, após um ataque de drone atingir o local. O ataque foi confirmado pelas Força de Defesa de Israel, acrescentando que outros sete militares estão em estado grave.
O movimento xiita libanês Hezbollah assumiu a autoria do ataque, assim como um conjunto de outras ações na fronteira de Israel com o Líbano. O movimento também republicou seu pedido para que cidadãos israelenses fiquem distante das bases militares próximas das cidades de Haifa, Akka e Tabariyya.
Este é o ataque mais mortal divulgado pela mídia israelense até agora. Segundo informações da rádio Galei Tzahal, mídia oficial do Exército israelense, as sirenes de ataque aéreo não dispararam durante o incidente.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) estão investigando a falha no sistema de alerta. Segundo uma fonte da rádio, os demais ataques de mísseis do Hezbollah foram bem-sucedidos em acobertar o drone.
Suspeita-se que o drone tenha lançado um míssil contra o refeitório da base, se chocando no local e, em seguida, provocando uma segunda explosão. Os feridos mais críticos estão sendo evacuados por helicóptero, informou o Canal 12 local.
Ainda segundo o canal televisivo, dois veículos aéreos não tripulados foram avistados entrando no território israelense a partir do Líbano por volta das 19h (horário local). Um foi interceptado na região de Kiryat e não causou danos ou vítimas, mas o outro conseguiu se evadir e rumou à area de Binyamina.
Ataques às bases da ONU
Os repetidos ataques contra os quartéis das forças de manutenção da paz no Líbano resultaram em feridos, danos em veículos e comunicações. Israel exige que as forças se movam 5 km para norte. Segundo analistas, as queixas da Espanha, Itália e França não terão qualquer efeito já que o desejo expresso de Israel é expulsar as forças da ONU da região.
As bases e posições da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês), uma força de interposição cuja presença no sul do país é legitimada pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) adotada em 2006, vêm sendo repetidamente sitiadas ou atacadas pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) desde o início de outubro.
Quatro soldados, da Indonésia e do Sri Lanka, ficaram feridos nos dias 10 e 11 de outubro. Um quinto soldado, cuja origem não foi especificada, foi atingido por um disparo na madrugada de sábado (12).
Os alvos foram instalações militares e quartéis do contingente de capacetes azuis em Ras Naqoura, no sudoeste do Líbano, e em Labbouneh, ao longo da chamada Linha Azul, uma área que se estende por 120 km ao longo da fronteira sul do Líbano e da fronteira norte de Israel. Os ataques ocorreram com menos de 24 horas de intervalo e danificaram veículos, sistemas de comunicação, muros e uma torre de observação.
Os acontecimentos foram precedidos por vários incidentes, como o posicionamento durante vários dias de tanques israelenses junto a um posto, o UNP 6-52, ocupado pelo destacamento irlandês. As FDI escavaram posições e avançaram. O posto ficou assim exposto a potenciais disparos do Hezbollah face à presença militar israelense. Quando a milícia xiita confirmou que não dispararia contra a posição, os soldados israelenses abandonaram o local.
O contingente de manutenção da paz da ONU no Líbano é composto por 10.058 soldados de 50 nações, incluindo 670 espanhóis. Está implantado em dois setores: no leste, sob o comando da Espanha, e no oeste, sob o comando da Itália. À frente de toda a missão, válida até 31 de agosto de 2025, está o general espanhol Aroldo Lázaro Sáenz.
Com informações da Sputnik Brasil