O tombo da namoradinha do Brasil

O tombo da namoradinha do Brasil

Cai Regina Duarte, que jogou fora uma carreira de sucesso para abraçar o fascismo bolsonarista.

Por Renato Dias – O projeto de cultura do Palácio do Planalto não terá mudança com a saída de Regina Duarte, da Secretaria Nacional de Cultural, revela, com exclusividade, o ex-secretário de Estado da Cultura, ex-presidente da UBE, Prêmio Jabuti em 2012, Edival Lourenço.

Mario Frias é um pau mandado, ataca. Lamentável, fuzila.

A Estética do Estado é de Tempos Sombrios, admite. A consumação de que o Brasil é, hoje, em maio de 2020, um Monumento à Estupidez, vocifera.

A Cultura  deixou de ser Ministério. Nunca conseguiu se implantar. É um projeto para não funcionar. Uma gestão para aniquilar a Cultura do País. Com verniz totalitário, denuncia o deputado Rubens Otoni.

A sua demissão é a confirmação do distanciamento do Governo Federal com a área de Cultura, ressalta  Otoni.

A Cultura deve, sim, ser valorizada. A Secretaria Nacional de Cultura foi omissa até quando artistas perderam a vida, dispara. Um dos caminhos é a aprovação da Lei Emergencial da Cultura, anuncia Otoni.

É o que irei cobrar, no Congresso Nacional, Brasília, de Jair Messias Bolsonaro, promete o parlamentar.

_ Gestão pública, hoje, no atual cenário _ Pandemia, instabilidade política, polarização ideológica, crise econômica e recessão global_, é um desafio. Independente de partido.

Pragmático, o secretário de Cultura de Goiânia, um homem de formação enciclopédica e de culturas iluminista e humanista, advogado e mestre em Filosofia, Kleber Adorno, admite que é privativo do presidente da República o direito de nomeação e de exoneração de seus auxiliares. Pessoas às quais ele acha que contribuirão para uma melhor performance de sua administração, conta dee forma didática.

O momento é de União, registra Kleber Adorno Para o bem do Brasil, diz.

O inimigo é a pandemia do Coronavírus Covid 19, a crise econômica e financeira, a recessão global e a instabilidade política e social, opina Kleber Adorno.

A saída
Regina Duarte fez bem em sair, diz o presidente da União Brasileira dos Escritores [UBE], historiador, professor da Universidade Estadual de Goiás [UEG], Ademir Luiz. Não se encaixou na gestão pública, avalia o escritor. A atriz enfrentou, no cargo de secretária Nacional de Cultura, dificuldades, admite.

A atriz sofreu uma dose elevada críticas tanto dos opositores do Governo Federal quanto dos ‘bolsonaristas’ mais conservadores. É o que revela o pesquisador.

 O seu legado é trágico. Uma das piores administrações da Cultura. Da História do Brasil, avalia Ranulfo Borges.

À altura da ‘Era Fernando Collor de Mello’ [1990-1992], que destruiu a Embrafilme e que caiu sob o impeachment, alfineta o documentarista.

O seu sucessor manterá as atuais políticas públicas, acredita Borges, que também é jornalista. A referência é negativa, lamenta.

O projeto de destruir o cinema, o teatro, a literatura, a diversidade das manifestações artísticas e culturais do País, desabafa o diretor de ‘Camaradas, Colegas, Companheiros’.

_ Demissão anunciada. Com uma série de crises. Sob um forte desgaste de sua imagem. A sua biografia está na lata de lixo da História. Como ligada a uma gestão inimiga da Cultura.
Cáustica, a análise do jornalista graduado na Alfa, historiador formado na UEG, especialista em Geopolítica, um intelectual gauche, red, rojo, Frederico Vitor de Oliveira aponta o significado da queda da ‘Namoradinha do Brasil’.

Em aguda crise com Olavo de Carvalho, ele explica. Em Tempos Sombrios. De escalada conservadora.

“Com 20 mil mortes provocadas pela Pandemia do Coronavírus Covid 19, que o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, faz chacota.”

Desacreditada.

Assim Regina Duarte esvazia as gavetas e apaga a luz de sua sala na Secretaria Nacional da Cultura. A ironia, refinada, é do cantor Xexéu.

O fundador do ‘Nóys é Nóys’ comanda a mais longeva, inventiva e badalada banda de Música Popular Brasileira [MPB] em Goiás.  Samba, Marchinhas & Forró para alegrar o Centro-Oeste do Brasil.

Saiu com a imagem manchada, dispara o artista. Ao fazer coro à extrema-direita no Brasil contemporâneo, metralha. Com o fantasma do obscurantismo, atira.

Tanto drama, mesmo polêmica. Para aceitar o cargo. Depois, sai em três meses. Para um cargo inferior, a  Cinemateca.

É o que afirma Jardel Sebba, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, ex-prefeito de Catalão, ex-secretário de Estado de Gabinete, governador do Estado de Goiás interino, médico e amigo dos fundadores do MPB-4, que acompanhava a saída, desde 1969, no Rio de Janeiro, de ‘O Pasquim’. O que mancha a sua reputação, informa. Lamentável o episódio de Regina Duarte, metralha o tucano.

Regina Duarte cai, mancha a sua História, vai para a Cinemateca, que não é nada. Que loucura é essa?, questina Angelo Lima.

Um rebaixamento, classifica o cineasta Ângelo Lima.  Papa-prêmios em vários festivais de cinema, , Ângelo Lima, diretor de Retrato ¾ de Um Tempo, que aborda os anos de chumbo e de ouro da ditadura civil e militar [1964-1985]. Desde o golpe que afastou a presidente da República, Dilma Rousseff, o Governo Federal, com Michel Temer [MDB-SP], e agora com o capitão reformado do Exército Brasileiro, Jair Messias Bolsonaro, não investe recursos financeiros nem desenvolve políticas para a Cultura, reclama.

_ Congelamento de verbas. Para serem desviadas. Para setores diferentes. É o seu papel na Secretaria Nacional de Cultura. Por três meses consecutivos.

Cadeia produtiva
A falta de recursos encolhe o mercado da cultura, produz desemprego em massa, atrapalha a cadeia produtiva das artes, afeta a do entretenimento e até dos espetáculos, sublinha o cantor e compositor, maior ganhador de festivais do Centro-Oeste, o inventor do Contrabaixolão, Darwinson de Mello. O filho da ‘Rainha do Rádio’. Intérprete qualificado de Aldir Blanc, morto pelo Coronavírus e Covid 19, e de João Bosco. Os autores da seminal O Bêbado e a Equilibrista.

 Quem caiu da Secretaria Nacional de Cultura? Regina Duarte? Atriz? Aliada de Jair Bolsonaro?

Um mágico da fotografia, com olhar inusitado para o clique fatal, Pedro Beloyanis é uma lenda da Cultura em Goiás, no Centro-Oeste no Brasil. Um País de dimensões continentais. Não sei o motivo de sua nomeação para o cargo, relata. Ela entrou muda e saiu calada, provoca o ‘enfant terrible’.

O repórter fotográfico, sociólogo, analista de cenários da política, da economia e da cultura, recorre a um clichê do mundo do entretenimento para dar ‘tchau’ à ex-atriz da Globo.

A saída de Regina Duarte da Secretaria Nacional de Cultura é apenas mais uma decepção da Política Cultural. Entrou. Quando não devia ter entrado”, avalia Wellington Carlos.

Jornalista, poeta, escritor, editor-chefe do jornal Diário da Manhã, ator de teatro, cantor de banda de rock de garagem, Ulisses Aesse, afirma que Regina Duarte não conseguiu executar nada em sua pasta. Em sua curta passagem. A não ser protagonizar _ um papel de ficção _ de noiva de um presidente da República, que mal chegou à uma suposta união estável, ironiza o ‘periodista’. Não houve programa desenvolvido, frisa. Uma colecionadora de derrotas, insiste.

Ao ausentar-se dos palcos, resumiu a sua saga a vender arroz. [Palavras de Ulisses Aesse]

O ex-presidente da Câmara Municipal, vereador do MDB Andrey Azeredo analisa que a sua demissão é mais um triste capítulo na história da Cultura Nacional. A atriz Regina Duarte não apresentou capacidade de gestão, critica. Para uma Pasta de tamanha envergadura, pontua. Não se dispôs a construir um Plano Nacional de Cultura, reclama. Com os seus múltiplos setores, desabafa. Nem articulou com as Pastas da Esplanada dos Ministérios, sublinha ele.

A expectativa é que o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, acerte no nome para a Secretaria Nacional de Cultura. Para valorizar a área. [É o que espera Andrey Azeredo]

A cantora Fernanda Guedes, bela, cult & inventiva intérprete de Chico Buarque, o homem de olhos verdes mais amado do Brasil Tropical, acredita que a sua queda já era prevista. Natural, pontua. Sai desgastada, admite. Não cumpriu o seu papel, fuzila. O que preocupa, porém, é o que virá pela frente, observa. O seu sucessor, destaca. Não sei se a prioridade do Governo Federal será a de investir gordos recursos públicos na área para impedir a quebra da cadeia, diz.

A saída de Regina Duarte era previsível. Jair Bolsonaro promovia a sua fritura. Há dez dias. O relevante é a qualidade de sua indicação, o conteúdo e o legado do trabalho que realizou.

A avaliação é do cientista político, doutor da Universidade Federal de Goiás [UFG], professor Pedro Célio Alves Borges. O pesquisador aponta também mais dois registros. A saber: a sua nulidade total para a Secretaria Nacional de Cultura, alfineta. Assim como o desprezo absoluto do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, para a área, dispara. Além do afastamento dela e das demandas políticas, financeiras e de diversidade para a Cultura, afirma.

A vida real derrubou a máscara da namoradinha do Brasil, Regina Duarte.

Com ironia e sarcasmo, a advogada Simone de Oliveira, vice-prefeita de Jataí, Goiás, símbolo da foice e do martelo no Sudoeste do Estado, terra do agronegócio, o responsável pelo maior porcentual do PIB [Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no e pelo Brasil, nos três setores da economia], define a queda.

Fantoche, resume a ‘band leader’ do Partido Comunista do Brasil, criado em fevereiro de 1962. Fascista, diz a operadora do Direito.

É a velha história do assassinato anunciado.
Regina Duarte serviu ao objetivo restrito de neutralizar as críticas que o antigo titular da Secretaria Nacional de Cultura provocara na opinião pública, aponta o professor Fernando Casadei Salles.

A melhor solução para o impasse criado à época, recorda – se. Tanto que o mal-estar teria sido deixado de lado para abordarmos o noivado do capitão reformado do Exército Brasileiro com a eterna namoradinha do Brasil, ironiza. A cultura é um front da guerra, dispara.

O Governo Federal equivocou-se ao indicar Regina Duarte, inepta para a Pasta, e tende a repetir o erro. [É o que diz o ex-secretário de Cultura de Anápolis Augusto César de Almeida].

Doutor do Departamento de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense [UFF], o escritor Daniel Aarão Reis Filho é taxativo. Regina Duarte é uma caricatura, define-a.

É importante falar dela ou sobre ela, fuzila. Marialda Régis Valente, advogada, diz que não saiu. “A atriz foi convidada a se retirar.”

Regina Duarte não possuía perfil para o cargo e deixa frustração, já que a sua imagem era ligada à teledramaturgia, frisa o advogado Cristiano Rodrigues

Caiu porque o Governo Federal prepara uma ofensiva na área cultural. Um setor midiático.

O seu projeto alavancará o seu conservadorismo, projeta Welliton Carlos, jornalista, advogado, mestre e doutor em Sociologia. Um intelectual refinado. Nas horas vagas guitarrista estilo Eric Clapton. Amante do Blues, do rock e dos Beatles.

Além de editor-executivo do jornal Diário da Manhã, com 40 anos de história na imprensa do Brasil. O Palácio do Planalto começará a atacar os artistas, a Globo, as novelas, como estratégia política de poder e para dividir, observa.

A sociedade brasileira.
A atriz Regina Duarte, que interpretou múltiplos papéis como Chiquinha Gonzaga, Malu, Viúva Porcina, Helena, que caiu, ontem, do cargo de secretária Nacional de Cultura, em um Governo Federal contrário à liberdade de imprensa, aos direitos humanos, à diversidade e à produção estética de vanguarda cultural, corroborou notícias falsas, produziu memórias históricas desnecessárias e a sua saída era favas contadas, informa o advogado e jornalista Giovanny Bueno.

Afif Sahran: ” Jair Bolsonaro quer na Secretaria Nacional de Cultura um nome com deferência a Olavo de Carvalho. Já Regina Duarte, na Cinemateca, é um prejuízo para os cofres públicos”.

Jornalista, com passagem pelo Iraque e Inglaterra, Afif Sahran diz que Regina Duarte sabia, desde o início que não teria carta branca. Nunca entrou no Governo Federal, dispara. A sua indicação era para amenizar e atenuar as disputas pela Secretaria Nacional de Cultural, avalia. O escritor José Carlos Guimarães crê que a passagem pela Pasta foi um desastre político. O saldo é o desgaste na sua biografia, revela. O pior papel protagonizado em sua vida, lamenta.

_ A multifacetada atriz Regina Duarte fez papel de figurante e emprestou o seu prestígio ao desgoverno de Jair Messias Bolsonaro. Neoliberal, conservador e de extrema-direita.
Desastrosa, resume Márcio Bittencourt, operador do Direito.

Ex-presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público Estadual de Goiás [Sindsemp-Go]. Com uma saudação nefasta à ditadura civil e militar [1964-1985], lamenta. Demorou, admite. Não disse a que veio, insiste. Professor da Faculdade de História da UFG, David Maciel analisa que Regina Duarte sucumbiu a Olavo de Carvalho e tentou ser mais ‘Bolsonarista’ do que o próprio Jair Messias Bolsonaro.

Ao relativizar a Pandemia do Coronavírus Covid 19, a tortura, o slogan de 70, a ditadura civil e militar e assumiu a Pasta para dar legitimidade além da base social do Bolsonarismo.

Psicóloga, Martha de Lourdes Dias Batista é crítica feroz da atriz Regina Duarte, a suposta ‘namoradinha do Brasil’. Ex – atriz da Rede Globo, conta a terapeuta. Um monopólio da área de comunicação que deu suporte à ditadura civil e militar, fuzila. Estudiosa da psicanálise, fundada por Sigmund Freud, afirma que ela se associou a uma fonte de poder de baixa qualidade, optou pela omissão na resolução dos conflitos na área de cultural e desvelou a sua ineficiência.

 Triste o fim de sua carreira. O poder revela o ser humano.

O ativista Renato Bernardes acha ‘estranho’ Regina Duarte aceitar ser rebaixada da Secretaria Nacional de Cultura para um cargo que inexiste na Cinemateca. O historiador Clayton de Souza Avelar diz que a demissão mostra que a única preocupação de Jair Bolsonaro é permanecer no Palácio do Planalto, no cargo, proteger os seus filhos, revela ainda o seu desprezo pela arte e a cultura e não surpreenderá se indicar um obscurantista, adepto de Olavo de Carvalho, à Pasta.

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